* Hoje é dia 29 de fevereiro. Sabia? Claro, hoje é o dia do ajuste das datas, o que, por conseguinte, caracteriza 2020 como um ano bissexto. É um dia extra, intercalar, e nosso ano será, então, maior do que os outros, pois terá trezentos e sessenta e seis dias. Está lá na Wikipédia: a Terra demora aproximadamente 365,2422 dias solares para dar uma volta completa ao redor do Sol (um ano geográfico), enquanto o ano-calendário comum (por convenção) tem 365 dias solares. Sobram, portanto, aproximadamente 5h48m46’ (0,2422 dia) a cada ano geográfico, que são arredondados para seis horas. Essas horas excedentes são somadas e adicionadas ao calendário na forma inteira de um dia (4 anos x 6h = 1 dia), que é o 29 de fevereiro.
Comumente se diz que o nome do ano é bissexto por que, tendo 366 dias, são vistos dois seis. Mas isso vale ao senso comum, pois o nome bissexto origina-se de uma terminação latina derivada da contagem dos dias no mês de fevereiro, desde períodos antes de Cristo, quando o imperador romano Júlio César criou um calendário novo; coisa muito complexa para minha mente, kkkk.
Perguntas interessantes: como fica a situação das pessoas que nascem no dia 29 de fevereiro quanto ao registro? Elas fazem aniversário apenas de quatro em quatro anos?
A lei determina que o bebê seja registrado no exato dia em que nasceu, mesmo sendo no dia 29 de fevereiro. Muita gente por superstição ou desconhecimento costuma registrar um dia antes ou depois do 29 de fevereiro, mas isso não é correto. Feito o registro na data certa, cabe à família, óbvio, determinar quando será a festa de comemoração, se no dia 28 ou no dia 1º.
Quando eu lecionava geografia gostava muito de trabalhar esta data, pois envolvia uma série de conceitos e informações envolvendo os movimentos da terra, em especial translação, mas também rotação e revolução, além de abordar a forma elíptica de nosso planeta e suas implicações, a sucessão dos dias, dos meses e dos anos, as fazes da lua, etc.. São períodos muito peculiares e muito favoráveis para significativas aulas, afinal não tem aluno que nunca tenha visto um calendário. Fica a dica.
* Falando em dar aulas, outro dia preparei uma palestra para um grupo de professores. Slides prontos, computador ligado e testado, aparelho de vídeo devidamente ajustado, caixa-de-som instalada e regulada, tudo testado diversas vezes para fazer com que o evento ocorresse da melhor forma possível. O tema da palestra: as novas tecnologias como instrumentos facilitadores do processo ensino-aprendizagem.
Todo pronto e revisado, de novo, palestrante a postos meia hora antes da hora marcada, pessoal chegando e se acomodando e, na hora “h”, deu uma “creca” na aparelhagem e nada funcionou: quando tinha imagem, não tinha som; quando tinha som, não tinha imagem; e depois o notebook desligou e não ligou mais e aí, sem som e sem imagem. Até a caneta ponto pifou.
Obviamente que a pauta foi desenvolvida uma vez que, felizmente, eu estava preparado para a tarefa, mas que ficou meio constrangedor, principalmente em face do tema, isso ficou. Rendeu algumas boas risadas (e uma boa dose de apreensão, ahahahah). Nada como um bom “Plano B”.
* Por falar nisso, eis uma certeza absoluta: não sou só eu a vítima dessas falhas tecnológicas.
Apesar de toda preparação que se faz, qualquer um que use tecnologia corre esse risco. Por mais avançado que estejam os tempos.
Noutro dia assistia ao desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro e várias delas passaram por perrengues iguais ao meu, problemas com a tecnologia, situação agravada, pois no caso delas o contexto envolvia (muito) dinheiro.
Escola de samba entrando na avenida e a primeira ala, a comissão de frente, que ensaiou uma enormidade de vezes para preparar uma surpresa para o público, teve um problema técnico: as luzes de duas das nove roupas dos componentes não acenderam. Nadica de nada: sete componentes todos iluminados e dois totalmente apagados. Se o público se decepcionou, imagine os diretores e organizadores da escola. Com certeza perderam ali preciosos pontos.
As escolas de samba começam a se organizar para o desfile a partir de março do ano anterior. Em abril é escolhido o tema-enredo e logo em seguida há o concurso para escolher o samba-enredo. De maio em diante começam os ensaios e a confecção de fantasias e alegorias. Em dezembro a máquina, a escola, está pronta e janeiro é para acertar alguns detalhes. Feito tudo isso, após meses e meses de preparação, chega a hora do desfile e algo dá errado: o carro quebra, a roda tranca, as luzes não acendem, a passista tem um churrio, o destaque desmaia, a bonitona bebeu umas mais fortes, a alegoria descola, a fantasia rasga, etc.. Situação brasina.
Várias escolas perderam preciosos pontos por eventualidades como as citadas acima. Só para se ter uma ideia, a campeã do Rio de Janeiro este ano, Viradouro, ganhou da segunda colocada, Grande Rio, no critério desempate, pois fez o mesmo número de pontos. A Grande Rio perdeu o título principalmente no critério Evolução, penalizado em face de um de seus carros ter apresentado defeito ao longo do trajeto do desfile. Um ano de trabalho e o título da competição comprometidos pelo defeito em uma das alegorias…
Apesar disso, ou inclusive por isso, continua sendo um dos maiores espetáculos da terra. E eventualidades ou incidentes como esses acabam por ampliar o leque de possibilidades quando ao resultado do certame. Emocionante. É a busca pela perfeição. Ao menos sob o ponto de vista dos jurados, pois o público é, na maioria das vezes, passional.
* Colega meu foi expulso de casa pela patroa, depois de chegar em casa no goró, com marcas de batom no rosto, às dez da manhã da quarta-feira de cinzas. Quando ele abriu a porta da casa a esposa já estava esperando com as roupas dele numa sacola. Quando ele se virou para sair ela gritou pra toda vizinhança ouvir: “espero que você tenha uma morte horrível, lenta, com muito sofrimento, preso dentro de casa, sem dinheiro e sem nenhum amigo por perto”. Ele parou, largou a sacola no chão e perguntou: “afinal, é pra ir em bora ou pra ficar”? kkkkkk
* Por falar em carnaval, interessante aviso na entrada de um clube em Porto Alegre: “Atenção foliões, com a chegada do carnaval fique esperto: se beber, não dirija; se tem que dirigir, não beba; bloco de carnaval não é ringue; carro não é avião; nem sempre quem está de saia, salto alto e fio dental é mulher; se ver algum gremista com faixa de campeão do mundo é fantasia”. Ahahahahah. Copa Toyota não é Mundial! Aahahahahah
* Por falar nisso, e o Colorado, hein? Tá feia a coisa. E continua a ressaca do futebol medíocre. Passamos com as calças na mão. Vamos agora para a etapa de grupos da Libertadores com o requinte de dois Grenais. E tem também os Grenais do Gauchão. Será que haverá supremacia de algum dos times da dupla? Haja coração! De tudo, fica uma certeza: a flauta vai pegar….
Bom fim de semana e até a próxima, se Deus quiser.
PS: gostei de ler numa camiseta: “um homem sem pescaria é um homem sem história”.