Bom dia amigos leitores
* Capítulo 15 – Dia 14 de viagem (19/02/24) – Segunda-feira
E começamos a última semana de nossa aventura, já com aquela grande saudade de casa, mas um gostinho de “que pena que está terminando…”
* Saindo de Mina Clavero…
A manhã de segunda-feira, 19/02, estava com temperatura bastante agradável. No entanto, sabíamos que logo em seguida teríamos que subir uma montanha que ficava em nosso caminho, e que então, por uma questão óbvia, a temperatura iria cair bastante. E assim foi: dos 915 m de Mina Clavero, subimos para 2.220 e o calorzinho inicial foi substituído por agradável friozinho. E depois descemos. E daí esquentou. Bastante! Nosso destino do dia seria a cidade de Santa Fé, há 620 km.
No início de nossa viagem, após descermos o maciço inicial, passaríamos pela grande cidade de Córdova.
* Aprendendo a ler os mapas, kkkk
Ao passarmos por Córdova nos demos conta de uma situação interessante: tanto eu quanto o Chico havíamos programado nosso mapa de viagem para nos guiar. Estávamos usando o mesmo programa: google maps.
Ocorre que o meu estava programado para indicar o caminho mais rápido, e o do Chico, o mais curto. Ora, nem sempre o mais curto é o mais rápido, verdade que se potencializa quando se trata de trânsito urbano.
Assim, quando nos aproximamos da entrada de Córdova, o meu mapa mandou continuar na autoestrada, contornando a cidade, enquanto que o do Chico mandou entrar na cidade, traçando quase que uma linha reta para o outro lado da mesma. E lá se fomos: eu para um lado, ele para outro… Felizmente não era hora do rush, o trânsito estava tranquilo, e conseguimos parar e nos reunir, depois de uns retornos não muito aconselháveis, kkk, para discutir a situação…
Ah, foi a partir dali, já quase no final de nossa viagem, que me dei conta do porquê de sempre nós termos que atravessar as cidades grandes ao invés de contorna-las: como o mapa seguido era geralmente o do Chico, geralmente íamos pelo caminho mais curdo (que geralmente era o mais demorado, ahahahahahah). É muito geralmente, ahahahahahah!
* Geografia
Conforme já havia mencionado semana passada, o meio geográfico em nosso trajeto já mudara: deixamos o deserto e o semiárido e entramos no pampa, com suas extensas planícies com leves ondulações e vegetação característica.
Outro atrativo deste trecho é que, como não havia autoestrada entre Córdova e Santa Fé a rodovia em que estávamos, Ruta 19, nos fez passar pelo centro (literalmente) de uma dúzia de pequenas cidadezinhas argentinas. Estávamos sob forte calor, apesar disso, trafegar mais lentamente nessas cidades tornou a viagem um pouco menos desgastante, visto que estávamos passeando, claro. Se estivéssemos com pressa, creio que o efeito teria sido exatamente o contrário… Mas foi muuuito show!!!
Chegamos em Santa Fé por volta das 16:00 e fomos logo procurar hospedage…
* Santa Fé
Santa Fé de la Vera Cruz é uma cidade relativamente grande, com quase 500.000 habitantes.
Chegamos lá sob um grande (muito grande) calor e pegamos um trânsito muito intenso, com os engarrafamentos dignos de uma grande cidade de trânsito não planejado. Obviamente que nossas roupas estavam alguns quilogramas mais pesadas por conta do suor, kkkk. Para completar, os mapas resolveram dar creca, e ficamos um bom tempo “para-la-e-para-cá”, como umas moscas tontas. Procuramos algumas pousadas e nada… Fomos então para o centro, o coração da cidade…
Encontramos o Hotel Conquistador. Como estávamos exaustos, desidratados e famintos, acabamos por ficar nele. Foi uma escolha pela necessidade, pois esse hotel, com uma bela fachada, se já teve tempos áureos, foi há muito, muito tempo: quartos amplos, porém velhos, banheiros da metade do século passado, com toalhas encardidas, carpetes com ácaros do tamanho de uma caranguejeira (essa foi boa, ahahahah), ar condicionado beirando a insalubridade, internet totalmente ineficiente. Ah, os elevadores pareciam que iriam despencar a qualquer momento…
O ponto positivo deste hotel é que ficava bem no cento da cidade, próximo ao calçadão de uma da ruas principais e de muitos restaurantes.
* A Bebê sendo Harley
As motocicletas da marca Herley Davidson tem muita fama; e algumas críticas. Uma dessas é que seus motores costumam vazar óleo.
Minha moto nunca tinha vazado óleo, mas aquela tarde de chegada em Santa Fé, com o forte calor que fazia e o demasiado tempo no “para-e-anda” daquele trânsito infernal fez com que, pela primeira vez, uma junta do motor ficasse molhada de óleo. Nada que comprometesse, mas agora sim minha Bebê começava a fazer jus ao estigma da marca Harley, ahahahahahah. Não é à toa que dizem (e eu confirmo) que não é uma moto para se andar de bermudas, pois o motor esquenta, e não é pouco…
* Turistando…
E assim, depois de instalados e banho tomado, fomos turistar pelo centro e aproveitar a penúltima noite de nosso passeio em solo estrangeiro. Uma macarronada coroou um belo e quente dia de viagem…
No dia seguinte nossa despedida da Argentina seria na cidade de Paso de Los Libres, na fronteira com Uruguaiana, e já quase em casa.
Continuaremos!!!
* Até parece que não
As tragédias climáticas que nos assolaram acabaram monopolizando os meios de comunicação, deixando outros assuntos, não desimportantes, em segundo plano.
Estamos em ano eleitoral. Os pleitos municipais se avizinham. Em outras épocas a correria já seria grande. Agora, se ocorrem, estão sublimadas pelo esforço de reconstrução de nosso estado.
Com a fim dos prazos eleitorais, o disse-que-disse acabou por comprovar algumas expectativas, confirmar a impossibilidade de outras e destacar quem fez e quem blefou. Teve quem acreditou; teve o descrente; teve o ingênuo; teve o que bancou… Agora as coisas devem entrar nos eixos e a turma vai começar a se mobilizar. Claro, faltam as convenções partidárias ainda, mais creio que as favas, ao menos nessa questão, já estão contadas, certo? Ou não? Hein? Hã?
* E o Colorado, hein?
Hoje dá para escrever sobre futebol, pois meu time, mesmo se arrastando em campo e pondo à prova a paciência e o coração do torcedor vai se mantendo na parte superior da tabela. E muitos torcedores já iludidos pensam que temos chance de pretender algum título… Acho que não assistem aos mesmos jogos que eu, ahahahahahah.
Enquanto isso o coirmão se vai carregado, morro abaixo e sem freio… É a gangorra mesmo… Parece até que vão substituir o Renato pelo Caco Antibes, que é para ver se sai de baixo, ahahahahah (essa foi boa, ahahahah).
E sábado tem Grenal. Haja coração! Te escapa medinho, que o medão te pega, ahahahah.
Fé, força, esperança, respeito, determinação, trabalho e polícia nos vagabundos. Eis aí o que, neste momento, poderá fazer a diferença.
Bom fim de semana, apesar dos pesares, e até à próxima, se Deus quiser.