quinta-feira, maio 2, 2024
InícioBreno PiresBom dia amigos leitores.

Bom dia amigos leitores.

* O mês de fevereiro andando a trote e nós, reles mortais da base da pirâmide tributária, cumprindo à risca nossa sina.

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Dizem que na vida nunca se escapa de duas coisas: dos impostos e da morte.

Outro dia resolvi por à prova uma ideia que circula muito todo início de ano, mas que até então, ao menos para mim, não passava disso: uma ideia. Dizem que trabalhamos os cinco primeiros meses do ano apenas para pagar impostos.

Isso sempre me pareceu exagero. Mas esse é o verbo: pareceu. Bastou começar a listar os principais impostos e taxas que pagamos e o quadro que se apresentou foi realmente esse. Faça o teste amigo leitor. Faça o teste!

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Ponha na ponta do lápis nossos amigos IPTU, IPVA, IR, ISSQN e atribua uma média anual para o ICMS que tu pagas em cada nota ou cupom fiscal e ficará muito claro que realmente passamos quase meio ano só pagando imposto. A propósito, o amigo já se deu ao trabalho de avaliar o que recolhe (gasta) de ICMS por ano? Hein? Hã? Faça o teste e verá a absurda enormidade de imposto diário que pagamos; isso “ao natural”, sem ao menos nos darmos conta.

No entanto, não pensemos que um Estado pode existir sem impostos, como muitos incautos gostam de dizer. O que mantém a máquina estatal funcionando são justamente os impostos.

Dos impostos sai, por exemplo, o dinheiro aplicado na saúde pública, hospitais e postos de saúde, na segurança pública, na educação pública. Todos os serviços públicos são mantidos principalmente com os impostos arrecadados. Da mesma forma, todos os agentes públicos que prestam esses serviços são pagos com os valores arrecadados pelos impostos, o que, numa forma mais objetiva, significa dizer que dos impostos pagos pelos cidadãos são pagos todos os funcionários e os ocupantes de cargos públicos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de outros órgãos como Ministério Público, Tribunais de Contas, a maioria das autarquias e fundações. Sem impostos o Estado não existiria. Professores estaduais, como eu, por exemplo, são pagos com dinheiro de impostos; juízes e promotores também; políticos, qualquer um deles, idem.

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Se dos impostos não podemos escapar, pois como a morte são certos e absolutos, isso não significa que devemos nos resignar pura e simplesmente a paga-los, dentro de uma moral de rebanho que só nos permita ser cabresteados para o matadouro. Pelo contrário, ao menos deveríamos materializar, de forma consciente e intencional, o nosso conhecimento sobre essa realidade. Infelizmente isso não ocorre.

O primeiro passo seria exigir que a cobrança dos impostos fosse feita de forma mais justa, dentro de um princípio de isonomia: quem ganha mais paga mais, que ganha muito mais paga muitos mais. Ou uma alíquota de IR de 27% tem o mesmo peso para quem ganha R$ 6.000,00 ou R$ 15.000,00? Hein?

Outro passo importante seria fiscalizar de forma mais eficiente como o dinheiro arrecadado com impostos está sendo aplicado. Claro que para isso a gente elege nossos políticos do legislativo que, em tese, deveriam fiscalizar a aplicação desses recursos pelos políticos do Executivo. Infelizmente isso é muito “em tese”, pois na prática a gente sabe que fiscalização e comprometimento político-partidário são coisas diferentes.

Estamos em ano de eleições. Está mais do que na hora de começarmos a formar nossas convicções sobre aqueles a quem delegaremos, pelos próximos quatro anos, o direito ou privilégio de, primeiro, gastar nosso importante din-din arrecadado com impostos, e segundo, fiscalizar  esses gastos. Como todos sabemos, as urnas são soberanas, mas às vezes aqueles que apertam a tecla verde deixam muito a desejar, parecendo dar pouca importância ao precioso dinheiro que sai de seu bolso. Pensemos nisso então?

*Por falar em gasto do dinheiro público, muita gente elogiou e uns poucos criticaram o evento esportivo de semana passada aqui no Vale, a motonáutica no Balneário Monte Alegre, sendo que para esses últimos a administração municipal “não deveria gastar dinheiro com essas coisas sem importância”.

Particularmente não concordo com esse ponto de vista. Oferecer laser à comunidade também é uma das responsabilidades dos administradores públicos. Competições esportivas, festas natalinas, carnaval, concursos de beleza, apresentações de orquestras e bandas, etc., são muito importantes sim. As pessoas precisam de educação de qualidade, de saúde satisfatória e segurança eficiente, claro, mas precisam também de laser e diversão. Não podem ser prioridade, óbvio, mas não podem ser esquecidos. O amigo leitor concorda?

*Mudando o rumo da prosa, semana passada tirei alguns dias na orla atlântica, afinal, pai de adolescente já sei que o último dia de janeiro e o primeiro de fevereiro não me pertencem. O jeito é unir o útil e necessário ao aprazível.

Se nessa época as areias da praia, as ruas, os bares, os espaços públicos e privados são quase que exclusividade desses jovens, cabe a nós adultos, aos menos aos que sabem de sua responsabilidade, manter a autoridade por ali, a uma boa distância, na sombra, mesmo que acompanhada de um chimas e uma caipira; ou uma gelada, que ninguém é de ferro! Sem a hipocrisia de esquecer que já fomos adolescentes um dia.

Se essas aglomerações de jovens são uma coisa bacana, muito divertida, colorida, pueril e festiva, também se traduzem em oportunidades de observarmos seu comportamento, visto que o número de pais presentes é inversamente proporcional ao de filhos.

Gostei de ver a gurizada descartando o uso dos canudinhos plásticos. Muito ecológico e responsável. Os litros e mais litros de vodca e energético eram consumidos em copos e taças chiquetozas; nada de prejudicar o meio ambiente. Já o próprio corpo, bem, isso é outra história…

*E o Colorado, hein? Fosse o Odair quem escalasse o time com quatro volantes e já o teríamos pregado num poste. De cabeça para baixo. Meio cedo ainda para uma avaliação mais contundente, apesar de que os arautos da tragédia já estejam desconfiados do Coudet. Veremos ao que veio!

Bom fim de semana e até a próxima, se Deus quiser.

PS: as pessoas reclamando do calor em pleno verão. Aí sim…

  

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