terça-feira, fevereiro 18, 2025
InícioBreno PiresBom dia amigos leitores.

Bom dia amigos leitores.

* Como ocorre todo início de ano, mais um assunto passa a fazer parte das rodas de conversa dos brasileiros, acalorando discussões, destacando paixões, polarizando opiniões. As pessoas começam a falar de anônimos, que em uma semana já não são tão anônimos assim, como entes queridos, pessoas quase da família, sobre os quais se pode estabelecer conceitos e atributos, quase que absolutos, positivos e negativos, que refletem gostos pessoais, subjetivos, identificados com aqueles que os observam.

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Se até meados de janeiro as pessoas não podem conversar na sala da casa durante o jornal nacional, se não podem fazê-lo, também, durante a novela das oito (que é as nove), agora muito menos podem tentar se comunicar durante o bebebe. Queres ouvir um xingamento, um fica quieto, ou um pssssssss? Basta tentar falar algo durante o programa. Sacrilégio. Crime hediondo. Infração inescusável.

Tudo bem, respeito os que gostam, afinal, uns tantos outros gostam de ver na tv filmes, notícias,  musicais, esportes, religião, etc.. Sou suspeito então, para fazer a crítica, pois não raro invisto um bom tempo assistindo um bom filme (que às vezes nem é tão bom assim), ou uma boa competição esportiva.

Sobre isso, sobre o fato de investir algum tempo em frente à tv, quero citar dois fatos curiosos a respeito deste humilde colunista: se gosto de um filme, posso assisti-lo por diversas vezes, o que acontece com relativa frequência. Assisto e gosto de cada vez como gostei da primeira. Com esportes, se gosto da modalidade, e eu gosto de quase todas, e se não tenho muito que fazer, apesar de sempre ter, posso passar horas e mais horas em frente à televisão, naquela inércia modorrenta que o sofá insiste em nos irrogar às vezes; já assisti uma partida de tênis de mais de três horas de duração; assisti certa feita um torneio de curling, durante uma olimpíada de inverno, que começou às vinte e duas de um dia e terminou às seis da matina do dia seguinte (curling é um esporte dos mais desconhecidos – tipo uma bocha, mas as bolas são substituídas por pedras de granito com um cabo e é jogado no gelo); já passei mais de três horas assistindo uma prova de ciclismo… Então toda minha crítica para quem assiste tv tem que ser relativizada, apesar de que o que eu critico não é o hábito de assistir à tv, mas a qualidade do programa que é assistido. Mas quem disse que eu tenho razão nisso?

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Voltando ao programa em questão, não comungo dessa passionalidade que envolve os apreciadores do programa a ponto de torcerem para este ou aquele indivíduo como quem torce por um personagem de um livro ou um atleta que busca superar seus limites.

A edição deste ano do grande irmão Brasil tem um quadro que se chama jogo da discórdia. Pelo que entendi o objetivo é fazer com que os participantes digam verdades uns para os outros, que destaquem qualidades negativas entre si e que reforcem ou justifiquem suas simpatias ou, principalmente, a falta delas, tudo com o objetivo de causar discórdia entre os mesmos. E aí, claro, o circo pega fogo. E as pessoas gostam; aplaudem; torcem; justificam suas próprias simpatias por este ou aquele participante. Tudo com muita naturalidade. E é isso que me incomoda: as pessoas aceitarem como natural uma atividade que busca suscitar a discórdia, o conflito e a animosidade e, por conseguinte, a tristeza e a infelicidade. Não posso achar isso bom.

Se tem um aspecto positivo, e sempre há algo positivo em tudo, é que o programa está conseguindo fazer com que as pessoas, ao menos momentaneamente, deixem o celular de lado.

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Outro dia estava em um restaurante e observei que na mesa ao lado, das seis pessoas que estavam sentadas, cinco usavam o celular; e assim ficaram por um bom tempo. Pois bastou a tv anunciar o início do bebebe que os celulares foram postos de lado e as atenções todas voltadas para a telinha. Muito silencio, muita concentração, e atenção total.

Enquanto a audiência justificar o programa as pessoas terão como preencher suas noites de fevereiro e março.

Por falar nisso, a edição do ano passado, a décima nona, foi considerada a pior de todas as dezenove edições em termos de audiência. Como é sabido que as pessoas gostam de ver na tv conflitos e tragédias, não é de se estranhar que o jogo da discórdia seja um dos instrumentos para aumenta-la (a audiência) prendendo mais a atenção do telespectador. Questão de marketing; questão de mercado.

Por falar em mercado, leio que cada um dos patrocinadores do programa deste ano teve que pagar mais de quarenta e cinco milhões de reais por este patrocínio. Parece que são seis os patrocinadores. O amigo leitor reparou que as competições têm o nome dos patrocinadores? Óbvio que não é de graça, né!

Bom, para aqueles que gostam, está aí um programa para las calurosas noches de verano. É bom reunir a família para assistir uma tv. E se ninguém fala com ninguém ao menos não ficam no celular como uns zumbis catatônicos, kkk.

* Colega entendido nas manhas da tecnologia pede para avisar: se receberes uma ligação do teu próprio número não atende que é golpe. Os facínoras precisam de apenas dez segundos para acessar todos os teus dados.

E eu já sugiro também: não atende chamada não identificada, pois o risco de ser um meliante é muito grande. Quem quiser falar contigo que se identifique, certo?

* Quem ganha amanhã o torneio de beleza no balneário Monte Alegre? Me perece ser uma das  competições mais renhidas dos últimos tempos. Alguém aí aposta um café?

* E o GRENAL de hoje, hein? Segundo conhecido gremista aqui do Vale, o Grêmio perdeu de propósito para o Caxias, só para jogar o GRENAL agora e eliminar o Inter, impedindo-o de ser campeão da primeira fase e finalista do Gauchão 2020. Será? Claro que o contrário pode acontecer também; se o Grêmio perde terá pela frente um segundo turno de compromisso.

Não creio que as equipes se farão presentes com times reservas, pois nos últimos anos o Gauchão tem sido a única competição que eles têm ganhado. Penso que os treinadores deverão optar por seus melhores disponíveis para entrar em campo.

As duas equipes estão em início de temporada, mas o Colorado, por estar enfrentando a pré-Libertadores, está mais mobilizado. Além disso, o Tricolor vem com desfalques mais importantes, que farão muita falta. Tem ainda o fator local que não sei se fará diferença, pois como disse finado cartola do futebol brasileiro, clássico é clássico e vice-versa, mas acredito que o Gigante vai bombar, tanto pelo dia do jogo quanto pelo horário. Vanvê como a coisa se desenha. De certeza, apenas uma: a flauta vai pegar.

Bom fim de semana e até a próxima, se Deus quiser.

PS: e a fantasia amigo leitor, já está pronta? A minha será a de sempre…

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