segunda-feira, maio 20, 2024
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Vandalismo no Cemitério Comunitário

302  sepulturas foram saqueadas

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“É uma falta de respeito. É a última morada das pessoas, lugar onde estão descansando|”, disse Pércio Lauchner. Após ver que os objetos de bronze das sepulturas foram furtados no Cemitério Comunitário de Passo do Sobrado. Pércio destacou que esta não foi a primeira vez que houve vandalismo.

“As sepulturas foram danificadas. Para retirar as peças de bronze, eles quebraram as sepulturas. As fotos estavam todas jogadas no chão. Foi um vandalismo o que fizeram lá, uma coisa muito triste de se ver”, disse Gilberto Weber, após recolher as fotos dos familiares.

Quando souberam do que aconteceu, o casal Gilberto Weber e Maura Sella foram até o cemitério municipal e encontraram danificados os túmulos dos seis familiares que lá estão. Recolheram as seis fotos e mais a foto do Prof. Aloísio Carlos Muller. “Aloísio foi meu professor no terceiro ano primário, e sua foto estava em cima da sepultura do meu cunhado Afonso Schwengber. Para que não se extraviasse, eu a levei para sua cunhada, Beatriz Mayer. Nós vamos consertar o que foi estragado. Mas me dói muito saber que muitas nunca mais serão recuperadas, pois sequer existem familiares conhecidos  de várias pessoas que também estão enterrados naquele local. Momento muito triste”, concluiu Gilberto.

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O fato foi registrado na Polícia Civil de Passo do Sobrado, a qual juntamente com a Brigada Militar estiveram no local para verificar os danos.

Segundo Edemar de Azeredo, integrante da Diretoria Responsável pelo Cemitério Comunitário, “em torno de 302 das mais de 600 sepulturas foram danificadas. “Retiraram  os letreiros e as cruz de muitas sepulturas. Ficamos sabendo porque um familiar, veio na tarde da última quarta-feira, no cemitério, e viu o que tinha acontecido, e logo nos ligou. Fiquei espantado quando vi. Fotos espalhadas sepulturas sem o seu letreiro. Muito triste”, disse Edemar.

Edemar destacou que as mais danificadas, foram as sepulturas, mais da parte de trás. “Nas primeiras sepulturas, do lado esquerdo, onde é uma ala dos evangélicos, não foi muito danificada, nem as sepulturas da parte da frente|, disse Edemar.

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O zelador do cemitério Paulo Ferreira, contou que na tarde do dia anterior esteve no local, e estava tudo normal. “Isto deve ter sido feito durante a noite. Pelo dano, acredito que estavam no mínimo entre 4 pessoas, e com um carro grande. Mas conversei com os vizinhos e ninguém notou nada de estranho durante a noite”, disse Paulo.

Muitas pessoas ficaram revoltadas com o que ocorreu, como o morador Elimar Muller, que há 3 anos fez a sua sepultura e de sua esposa, e levaram todas as letras e material de bronze. “É revoltante, tudo ali pronto, e vem e levam tudo. É um desrespeito muito grande com as famílias e com as pessoas”, destacou Elimar.

Segundo Pércio Lauchner, que trabalha com mármores, “isto não foi coisa de amadores, foram pessoas que conhecem e sabiam o que estavam fazendo, e quais as peças de mais valor. Acredito que tenha dado mais de 200 kg de material furtado. Isto foi um grupo especializado, que sabe o que está fazendo. Esperamos que a polícia consiga prender os mesmos”, disse Pércio.

Nas redes sociais, os comentários e a revolta foi geral. Muitos comentários sobre o assunto. O sargento De Barros, da Brigada Militar, esteve no local, e está pedindo para todas as pessoas que tenham informações concretas de quem possa ter cometeido este crime que comunique a Brigada. “Vamos incluir o Cemitério em nosso roteiro de rondas noturnas, para dar mais segurança”, disse De Barros.

Registro Histórico perdido

Além do prejuízo financeiro que as famílias terão para recompor as sepulturas danificadas, irá ficar perdida muita história, e a lembrança de muitas pessoas que não terão a sepultura recuperada, isto por não ter mais familiar próximo, e até mesmo por não poder ser identificada. Foram fotos, nomes, especialmente com as letras soltas, que foram furtadas.

O que será feito

Segundo Edemar de Azeredo, membro da diretoria do Cemitério, será estudada a possibilidade da contratação e um zelador noturno para o cemitério. “Estamos regularizando as escrituras do terreno para que possamos colocar energia elétrica, e com isso, possamos instalar um sistema de câmaras para registrar este tido de acontecimento”, disse Edemar.

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