terça-feira, outubro 8, 2024
InícioEdição em TextoQuem ganha a eleição no Vale Verde? - Breno Pires

Quem ganha a eleição no Vale Verde? – Breno Pires

Bom dia amigos leitores

- Publicidade -

* Quem ganha a eleição no Vale Verde?

Essa é a pergunta que eu mais tenho ouvido nos últimos dias aqui no Vale. E eu já tenho a resposta…

As pessoas se achegam e de supetão, ou em meio à conversas informais, perguntam: _quem tu acha que ganha a eleição aqui do Vale? Isso ocorre na rua, no mercado, no ginásio de esportes, enquanto se espera para a realização de uma audiência, na fila do banco…

- Publicidade -

Interessante é que minha resposta sempre causa surpresa, independentemente de eu dizer que ganha um candidato ou que ganha outro, ahahahahahah. E eu nem faço isso de propósito, para suscitar a dúvida, mas simplesmente pelo prazer da dialética, da boa discussão e da consistente argumentação. Claro que dependendo de onde se esteja ou de com quem se conversa, isso às vezes não pode ser feito.

* Dois candidatos duas realidades

Temos aqui no Vale dois candidatos à majoritária e na minha humilde leitura dos fatos ambos têm pontos positivos a serem destacados e pontos negativos a serem lembrados e justificados.

- Publicidade -

Da mesma forma, entendo que para que um ou outro ganhe, ou perca, é necessário que se reúnam algumas condições tanto pessoais, isto é, próprias dos candidatos, como contextuais, as quais, claro, independe deles.

* O candidato da situação

O Feijão e o Melinho representam a continuidade do processo de administração de nosso município, processo esse que já se desenvolve há duas gestões. São do meio político, conviviam nas esferas do poder municipal e há algum tempo já desenharam e materializaram essa candidatura. Nessa condição, já possuem um plano de gestão ou administração delineado, permitindo-lhes ir além do que até o momento foi feito. Isso é um ponto positivo, sem dúvida.

O ponto negativo é, para o Feijão, que trocou de partido para tornar possível sua candidatura, que isso fez com que houvesse um “racha” entre os seus apoiadores históricos, pois muitos, por questões de concepção política ou até práticas políticas históricas, se recusam a fazer campanha ou se quer votar no partido pelo qual ele está concorrendo.

Da mesma forma resta saber se todos os simpatizantes do partido que recebeu o candidato Feijão vão aderir a sua campanha, uma vez que até pouco tempo ele representava forças políticas antagônicas no âmbito político municipal.

Um desafio que se apresenta ao candidato Feijão é convencer parte dos eleitores que tem condições de desenvolver um projeto de administração para o município de forma a agradar seus apoiadores históricos e aos novos apoiadores, ao mesmo tempo em que mostra ter autonomia e força para contrariar os caciques de tais grupos políticos para implementar um trabalho pessoal.

O candidato a vice-prefeito Melinho deverá mostrar que possui competências políticas para fazer o suficiente para apoiar as iniciativas de seu companheiro de chapa, visto que até o momento sua experiência de administração política foi à frente da Secretaria da Saúde. Tem que andar e decidir junto com aquele.

Os poucos dias que ainda restam até às eleições servirão para ampliar os pontos positivos e amenizar ou contrarrazoar os pontos nem tão positivos assim dessa chapa.

* A candidata da oposição

A Ana e o Ricardinho se apresentaram como alternativa às atuais propostas de administração de nosso município, defendendo a ideia de que podem fazer mais e melhor.

Vejo a Ana Maria como uma out sider da política partidária municipal, pois até onde sei sua participação ocorria a nível de prestação de serviços advocatícios ao partido a que hoje ela faz oposição. Nessa condição, ela se apresenta como “novidade” e, somado ao fato de também ter residência em um município maior que o nosso (não vamos confundir residência com domicílio, pois são coisas diferentes), permite-lhe enxergar o processo político “de fora”, adotar ideias diferentes, o que pode ser um ponto positivo.

O ponto negativo é, justamente, o mesmo que pode ser positivo: o fato de ter estado fora do contexto político municipal pode acabar por obstruir propostas de administração que sejam mais objetivas e vinculadas à realidade municipal e às necessidades da comunidade.

Uma dificuldade que a candidata Ana deverá enfrentar é a de convencer os eleitores de que tem condições de formar uma competente plataforma de administração municipal com as diferentes forças políticas que a apoiam, elemento esse que deverá considerar, inclusive, a formação da casa legislativa, pois que fundamental para que possa desenvolver suas propostas de administração e de condições de governabilidade.

O candidato a vice-prefeito Ricardinho deverá mostrar que tem condições de somar à candidatura da Ana, sendo elemento ativo na administração, caso sua chapa seja vencedora, mas desta vez como coadjuvante, visto que já foi prefeito e, nessa condição, nossa comunidade sabe a experiência que teve…

Os poucos dias que ainda restam até à eleição servirão para a candidata Ana mostrar aos eleitores a plausividade material e até a necessidade de sua eleição para o bem comum do município. Deve destacar os elementos que a apresentam como uma boa gestora, e amenizar ou contrarrazoar aqueles que pesam em sentido contrário.

* Minha impressão

Eu destaco duas questões que me parecem interessantes. Uma, que eu acredito que deva ser sopesada por eleitores e candidatos; a outra, que é uma crença particular que poderá, ou não se confirmar. Vamos a elas.

Continuidade e renovação são as palavras de ordem na eleição municipal deste ano. Às vezes a continuidade é boa e até necessária; às vezes não! Às vezes a renovação é necessária! Cabe aos candidatos mostrarem a necessidade de uma ou outra, e aos eleitores escolherem, pela necessidade, uma ou outra, certo amigo eleitor?

A segunda questão é que tenho uma indelével sensação de que será uma eleição de muitos votos brancos e nulos, lembrando que, se na prática eles significam a mesma coisa, na teoria política são institutos completamente diferentes, certo?

* Afinal, quem vai ganhar a eleição?

Ora, eis aí questão muito pertinente para qual eu já tenho uma resposta que me surpreenderá muito se não se confirmar.

Só que é bom destacar que é bastante óbvio que eu possa me surpreender, pois como é comum se dizer, cabeça de juiz, pata de cavalo e urna eleitoral ninguém sabe o resultado, certo amigo eleitor? Hein? Hã?

Pensemos nisso.

Bom fim de semana e até à próxima, se Deus quiser.

- Publicidade -
MATÉRIAS RELACIONADAS
- Publicidade -

ÚLTIMAS