Bom dia amigos leitores.
* E o assunto de destaque ainda é a greve do magistério, óbvio.
A ameaça do governador de “cortar” o ponto dos trabalhadores que estão em greve mostra um total despreparo para o exercício do cargo que ocupa. Quem não trabalhar, não recebe os vencimentos; quem trabalhar, também não!
Ao invés de buscar a negociação, o jovem amplia o confronto. Ou será que ele não sabe que é direito do trabalhador fazer greve? Está lá na Constituição Federal e na lei 7783/89, que “é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”. Ora, negar ao trabalhador a efetividade dos dias parados em greve é o mesmo que negar o direito à greve, e negar esse direito é ilegal e inconstitucional, representando, inclusive, infração funcional-administrativa.
Além disso, os professores sabem que o polo mais delicado dessa situação é o aluno, e que o mesmo tem direito a integralizar os dias letivos e as horas-aula determinada em lei. Não é à toa que, sempre que há uma negociação que leva ao fim de uma greve de magistério uma das primeiras medidas da pauta é a recuperação dos dias parados, o que, via de rega, é feito integralmente.
Mas tem mais.
Assistir o governador na tv falando que o Plano de Carreira, assim, com letra maiúscula, dos professores é o grande responsável por eles ganharem um salário baixo, chega a ser ofensivo, pois agride em muito o bom senso e mostra que nosso chefe estadual não se priva de subestimar a nossa inteligência. Se fosse isso, se o atual Plano de Carreira fosse realmente ruim para os professores, por que estaríamos resistindo tanto em substituí-lo? Somos um bando de imbecis? Somos uns retardados? Somos uma horda de trastes que não queremos o melhor para nossa classe profissional? Temos excesso de coliformes fecais em nossas cabeças? O pior é que muita gente boa acredita que somos tudo isso, dando razão às argumentações do govenador.
E as grandes mídias, hein? Eita que custaram a reconhecer a legitimidade de nossa greve. Nos primeiros dias quase que ignoravam o que estava acontecendo. Daí a pressão pegou, a classe se mobilizou mais do que de costume, as redes sociais se inflamaram, o apoio da comunidade e dos políticos das mais variadas matizes tornou-se bastante volumoso, e foram obrigados a acompanhar a grande maré da indignação.
Apesar disso, um comentarista de importante rede de televisão repete reiteradamente que, para ele, a greve é inoportuna. Já lhe mandei várias vezes algumas questões: quando seria a oportunidade de se fazer greve? Seria oportuno depois que o famigerado PL – Projeto de Lei do magistério fosse aprovado? Hein? Hã? Adiantaria fazer greve depois? Como diria finado tio, que Deus o tenha, não se tira leite de vaca morta. Até hoje não recebi resposta. Sabe-se lá se ele recebeu a pergunta…
O amigo leitor sabe: o assunto não se esgota!
* Já que falei em Deus, pensei que aqui no Vale o caso de surdez do Ômi, do Divino, do Onipotente, Onisciente e Onipresente estivesse em fase de resolução. Mas não. Parece que continua Surdo. Isso eu não entendo: se Deus é ubíquo, por que incomodar os vizinhos?
* E a black fraudey, hein? Tudo pela metade do dobro do preço. Viralizou, para usar um termo da moda, o vídeo feito em uma grande loja de departamentos onde a funcionária colava, de forma rápida e eficiente, uma etiqueta cor de laranja, de promoção, sobre uma etiqueta branca, da não-promoção, de preço regular. O que chamava a atenção é que a primeira etiqueta era de R$ 39,90; a segunda, também.
* Bem que eu tentei me escusar do assunto, mas não adianta, a flauta pega, e não é pouca.
O que que é que é esse infeliz desse time do Colorado, hein? Gentes, que vergonha; que futebolzinho risível, que coisa bisonha, que troço macabulesco (não sei o que é, inventei agora, kkk). Estamos apresentando um futebol abaixo do medíocre e corremos o sério risco de ficar fora da próxima Libertadores. Ou o amigo Colorado ainda tem esperança?
Tem atleta ali que pelo futebol que está apresentando não pega vaga nem no time da Associação dos Pernetas do Brasil. É muita ruindade. Tem um, na verdade vários, que não acerta passe de três metros. Três metros! Vai bater um escanteio, e atira a bola fora da grande área; vai dar um drible e esquece a bola. O amigo leitor já foi boleiro, eu já fui boleiro, sabemos que o cara que erra um passe desses é uma “ferida”, um pereba, um perna-de-pau. Pena que não dá cupim num traste desses.
O cara vai jogar futebol em campo de grama importada, com bola de gomos equilibrados, chuteiras de fibra de carbono personalizadas para cada pé, uniforme com cápsulas de prata para não ter odor, e sistema air flying para transferir o calor para o lado externo, e, ainda por cima, vai ganhar muitos, muitos milhares de reais, para apresentar aquele futebolzinho vergonhoso. Eu entendo quando uns torcedores mais nervosos e indignados partem para a ignorância. Entendo, mas não justifico, claro.
Imagina esses tipos jogando naquele campo lá da Boca da Picada em General Câmara, piso de terra-ferro com chumaços de capim (quando a bola pegava ali não só desviada do goleiro, como da coleira toda), usando como bola uma cabeça de cabrito (sem os chifres, claro) ou uma bexiga de porco, calçando as antigas chuteiras olímpicas, seis travas de osso, as famosas “rasga-meia”, vestindo aquele uniforme de tecido “volta-ao-mundo” que deixava o sovaco da gente fedendo por uns quinze dias… Isso eu queria ver. Queria ver jogarem de graça, indo pro campo de caminhão caçamba-tombadeira, caminhão boiadeiro ou preso num caminhão baú (aí o pior era a volta, por motivos óbvios, kkkkk). Aí sim poderiam justificar jogar mal. Mas não, os caras tem tudo, tudo! Só falta o futebol.
Aí leio que o Peglow foi listado para a pré-temporada de 2020. Pobre do miserávi, vai entrar num time de morto.
Tem uns dez ou doze jogadores do Colorado que poderiam ser negociados no Black Friday: compra um, leva três. Não fariam a menor falta.
Amigo tricolor, tu não fica rindo aí! Há um bom tempo que o treinador Renato-pavão-gavola-Hebe Camargo vem tirando leite de pedra. Teu time tá jogando no limite, e está muito dependente de gambás, de morcegos e do nariz-de-vidro. Ao menos vocês têm a Libertadores.
A coisa tá feia. Te escapa medinho, que o medão te pega!
Bom fim de semana e até a próxima, se Deus quiser.
* E o Flamengo, hein? Tá loco meu!