sábado, junho 28, 2025
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Fundo Social Sicredi repassa mais de 
R$1,1 milhão para projetos sociais da região

Com o propósito de cooperar para um mundo melhor, a Sicredi Vale do Rio Pardo iniciou na última sexta-feira, 6 de junho, um ciclo de entregas dos certificados dos recursos do Fundo Social 2025. No total, 168 projetos da região foram contemplados, o que representa um repasse de mais de R$ 1,1 milhão. O evento desta sexta-feira foi na sede administrativa da Cooperativa, com a presença de representantes de 69 entidades de Santa Cruz do Sul e Vera Cruz. As demais beneficiadas receberão simbolicamente em seus respectivos municípios.

O objetivo do Fundo Social Sicredi é contribuir com o desenvolvimento das comunidades por meio do apoio a projetos sociais de interesse coletivo, voltados a diversas áreas e que promovem a melhoria da qualidade de vida. “Está na essência do cooperativismo desenvolver pessoas e comunidades. Como investimento social privado, o Fundo Social carrega essa missão. Neste sentido, já são sete anos cooperando para um mundo melhor”, destacou o presidente da Cooperativa, Heitor Álvaro Petry.

As inscrições aconteceram durante o mês de janeiro para as entidades sem fins lucrativos situadas nos nove municípios de abrangência da Sicredi Vale do Rio Pardo. Durante os meses de abril e maio, a diretoria, gestores, equipes de agência e delegados de núcleo avaliaram os projetos inscritos. Os contemplados estão inseridos em pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O segmento mais abrangente foi Educação, representando 35,2% dos beneficiados, seguido de Inclusão Social (17%), Saúde (15,2%) e Desenvolvimento Local (12,7%).

Sobre o orçamento disponível para o ciclo 2025 do Fundo Social, estava o montante de R$ 1.723.633,69, proveniente de 2% das sobras líquidas da Cooperativa em 2024. Do valor total, serão destinados R$ 1.169.080,31 para as entidades beneficiadas, permanecendo o saldo de R$ 554.553,38 para 2026. Desde 2019 até agora, a Sicredi Vale do Rio Pardo através da iniciativa, já destinou mais de R$ 5,4 milhões, contemplando 847 projetos. No ano passado, os recursos foram repassados para ações em apoio aos atingidos e prejudicados pelas enchentes.

Contemplados com o Fundo Social 2025:

General Câmara        
Sindicato dos Trabalhadores Rurais General Câmara
Associação de Grupos de Produtores da Volta do Barreto
Associação de Produtores e Produtoras Rurais
Rotary Club General Câmara
Associação Comunitária dos Moradores Passo do Taquara
Paróquia São Nicolau
Clube de Mães Estrela do Mar
GABM

Passo do Sobrado    
Feito a Mãos
Associação dos Apicultores Familiares Colmeia do Passo do Sobrado
Escola Estadual Alexandrino de Alencar
Coopasvale
GABM
Gaudérios da Querência
CPM EMEF Francisco Antonio de Borba Filho
Cia dos Animais PS
Bombeiros Voluntários de Passo do Sobrado
Só Elas
Escola Nossa Senhora da Saúde

Rio Pardo     
APAE Rio Pardo
GABM
Clube de Futsal Riopardense Nadas Branco
Instituto Medianeira Casa da Criança
EMEF Manoel Alcides Cunha
Associação de Rotarianos do Rotary Club de Rio Pardo Tranqueira Invicta
Lar São Vicente de Paulo

Santa Cruz do Sul    
Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC
CTG Tropeiro Velho
Sindicato dos Trabalhadores Agricultores Familiares de Santa Cruz do Sul
Rotary Cidade Alta
Associação Espírita Joanna de Angelis
Liga Feminina de Combate ao Câncer de Santa Cruz do Sul
CPM EMEF Guido Herberts
Associação Somos Família – ASF
ACOMAC
CPM EEEF Professor Affonso Pedro Rabuske
Amigos da Vida
Cavalo de Lata
Judô Hunters
CTG Antônio José Severo
Associação Esportiva New Boys Santa Cruz
APRODAP
Paróquia Santos Mártires das Missões
EMEF Cardeal Leme
Esporte Clube São José
CPM EMEF Felipe Becker
Associação Educacional Social e Cultural ABCéu
EMEF Bom Jesus
Lions Aliança
CTG Recanto Nativo
CTG Rincão da Alegria
Grupo Escoteiro Maclaren
ABECCAN
Associação Cultural Recreativa Esportiva e Social- JEALISC
Coral Cruzeiro Do Sul
CPM EMEF Rio Branco
Casa da Criança
CTG Tropeiros Da Amizade
COPAME
ECOVALE
CPM EMEF Guilherme Simonis
Instituto Cáritas
Rotary Club Santa Cruz do Sul Avenida
GABM
CPM EMEF Vidal De Negreiros
AMOSC
Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Travessão Dona Josefa
Centro Esportivo Santa Cruz
AMORLISC
COOPERSANTA
Associação Cristã Comunidade de Discípulos de Jesus em Santa Cruz Do Sul- ACCDJ
Grupo do Bem
CPM EMEF Emanuel
Santa Cruz do Sul Chacais
Clube dos Subtenentes e Sargentos de Santa Cruz Do Sul
Roxinhas
Cantos e Encantos Rurais Santa Cruz do Sul
Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia
EMEF Imaculada Conceição
Paroquia Evangélica de Confissão Luterana de Monte Alverne
Pavilhão Comunitário de Linha Nova
GESC
ASAN
Associação Santacruzense de Feirantes
CPM EMEF Christiano J Smidt
APAE de Santa Cruz do Sul
Hospital Ana Nery
Sião Social
ACREBI
Comunidade Santa Catarina
Associação de Agricultores e Moradores Segundo Distrito de Santa Cruz do Sul- AAM2DSC
Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Ponte Rio Pardinho
GABOM
CPM CEMA

Sinimbu         
Congregação Evangélica Luterana Martinho Lutero
Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Sinimbu
EMEF Carlos Boettcher Filho
EMEF Adolfo Boettcher
CPM EMEF Nossa Senhora da Gloria
CPM EMEI Crianca Feliz de Sinimbu
Associação Unidos
CPM Escola Frederico Kops
AFAE Juntos Somos Mais
Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Linha Rio Grande
Hospital Sinimbu
GABM/Sinimbu
CPM da EMEF Guararapes
Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Linha São João

Vale Verde   
CPM da EMEF Professora Adélia Figueiredo de Menezes
Clube de Mães 13 de Junho
CPM EMEF Professora Odette Pedreira de Mello
CPM EMEF Nero Pereira de Freitas
CONSEPRO
EMEI Santa Izabel

Venâncio Aires       
PARESP
CTG Chaleira Preta
CACIVA
Associação Tutaloko Trilha Clube
Associação Vôlei Venâncio (AVV)
Hospital São Sebastião Mártir
Centro Promocional João XXIII
Rotary Club Venâncio Aires
Casa da Amizade
Cooperativa dos Produtores de Venâncio Aires
IPENVA
Rotary Club de Venâncio Aires Novas Gerações
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Venâncio Aires
Liga Feminina de Combate ao Câncer
Casa de Acolhimento
Escola Jubal Junqueira
Gigante da Travessa
Associação de Pais e Mestres da EMEF Narciso Mariante de Campos
CTG Erva Mate
Associação Judô Marco Antonio
AERT
Associação de Pais e Mestres do Centro de Assistência Social de Venâncio Aires (Casva)
APAE Venâncio Aires
AUBF
Sindicato Rural de Venâncio Aires
Rotary Club Venâncio Aires Chimarrão
Associação Cultural Die Schwalben
CEVA
Esperança Azul – Associação Pró – Autismo
CPM EMEI Yolita da Cruz Portella
Sindicato dos Trabalhadores no Calçado e Vestuário de Venâncio Aires e Mato Leitão


Vera Cruz

COOPERVEC
Rotary Vera Cruz
CTG Candeeiro
CPM Escola Municipal José Bonifácio
ACISA
Grupo Escoteiro Vera Cruz – 72/RS
Liga de Vera Cruz
CPM Escola Paraguaçu
Bombeiros Vera Cruz
CPM Escola Hannemann
Congregação Evangélica Luterana Trindade de Vila Progresso
Associação Esportiva Verona

 

Fotos em anexo: Entidades de Santa Cruz do Sul e Vera Cruz receberam os certificados do Fundo Social na última sexta-feira
Crédito das fotos: Francisco Frantz

Em Passo do Sobrado, 11 projetos foram contemplados. A diversidade de áreas apoiadas reflete o dinamismo e o engajamento da comunidade local.

Já em Vale Verde, seis entidades foram contempladas, reforçando a importância da mobilização local em torno do fortalecimento da educação e da segurança pública.

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Um grande desafio 
– Parte II – O Final

Esta entrada é parte da 19 do 24 na série Feminicídio

Boa tarde amigos leitores.

 

* Maratona Internacional de Porto Alegre

Pois é amigo leitor, como sabido, este ano eu e mais quatro colegas aqui do Vale Verde nos desafiamos a correr a Meia-maratona de Porto Alegre, prova de rua realizada durante as atividades da 40ª Maratona Internacional da Cidade de Porto Alegre. Assim, na manhã do dia 07 de junho, sábado passado, nós cinco e mais de 12.000 atletas demos a largada para aquela que, até o momento, foi a maior prova da qual participei.

Hoje deixo algumas impressões muito interessante aos leitores.

* O início da prova

A largada estava marcada para às 07 h da manhã do dia 07 de junho. Eu já estava em Porto Alegre de véspera, então me organizei para chegar no local da prova com um pouco de antecedência, afinal, mais de 15.000 atletas competiriam nesta manhã (nas provas dos 5, 10 e 21 km), então o movimento seria intenso, além de que eu precisaria fazer um aquecimento minutos antes da prova. Os outros 8.000 atletas (eram mais de 25.000 nos dois dias) correriam no dia seguinte, 8, domingo, na prova principal da maratona com 42,192 km.

Assim, às 04:30h o relógio despertou (fiquei surpreso como consegui dormir bem, sem aquela “tensão pré-evento” ou insônia pré-prova), fui me arrumar, tomar um café com base de carboidratos e chamar o Uber… Temperatura: 8°C. Saí para a rua às 05h e a noite/madrugada estava fechada, com intensa cerração. Pensei: se aqui no Partenon está assim, imagina na beira do lago Guaíba… Dito e feito!

Felizmente a filha ia me acompanhar (ou cuidar de mim? kkk) e eu pude, então, sair bastante agasalhado, pois teria com quem deixar os badulaques e petrechos todos, senão…

* A concentração.

Às 5:45h cheguei nas proximidades do local de largada, em frente ao Shopping Barra Sul, e a muvuca já estava formada: trânsito parado, totalmente engarrafado, milhares de pessoas e outro tanto de atletas (que também são pessoas, kkk) pra lá e pra cá… o jeito foi descer do Uber e fazer alguns quilômetros a pé, para não correr o risco de atrasar. Temperatura: 7°C e cerração muuuuito intensa, sendo o campo de visão bastante reduzido… Escolhido um local próximo à largada, me estabeleci para aguardar o pessoal que iria do Vale.

Coisa muito linda de ver, aqueles milhares de atletas, com roupas das mais variadas cores, ali aquecendo, movimentando para se esquentar, ou simplesmente parados conversando. Que sensação bacana.

Porém, no meio daquele turbilhão de gente consegui não me encontrar com os colegas aqui do Vale e parti para a linha de largada solito. Solito não, comigo mesmo, com Deus e mais 1000 atletas que entraram, assim como eu, pelo portão D da largada (havia o portão da elite e depois vários portões de acesso aos amadores…).

* A prova

Iniciada a prova pontualmente às 07 h, levei 08 minutos para passar pelo pórtico de largada que acionaria o meu chip de corrida, uma eternidade, e comecei a correr; assim que me desembaracei um pouco do povo, estabeleci um pace (ritmo) mediano, afinal eram 21k pela frente, e perna-pra-quem-te-quero…

Como eu estava sozinho, precisava de referências. Marquei (corri próximo) um casal que corria à minha frente num ritmo semelhante ao meu; corri com eles por 5k, quando a panturrilha começou a incomodar… Diminuí meu ritmo por quase dois quilômetros… depois, passado o susto, voltei ao pace e levei mais de meia hora para chegar no casal de novo… aí eles pararam…

Daí que “marquei” uma loura com tatuagens do Inter… “corri com ela” (na verdade há uns cinco metros dela, kkk) por mais 5k, e num ponto de hidratação a ultrapassei… Por outros 5k corri solito, no meu ritmo, sem marcar outro corredor… eram eu e os pensamentos… conversava com um, incentivava outro, brincava com uns terceiros, batia nas placas de “recarregue a energia”, pedia cerveja (kkk) nos pontos de hidratação (água e isotônico), mexia com o pessoal do staff… Pensa numa diversão… Ah, ter que parar e ir para a fila do pipi no meio da prova me tomou preciosos minutos, mas dei muita risada com todos que estavam lá, ahahahahah.

Lá por volta dos 15k voltei a ser um corredor sério e marquei um atleta já meio-veterano, que pelo biotipo já fora obeso, e que vinha num ritmo bom… o cara não era fraco… precisei aumentar minha passada… acho que ele percebeu minha marcação e começou a correr de forma mais intensa… e eu também…e assim fomos até por volta do quilômetro 18. Daí eu me lembrei que eu tinha joelhos…

A cabeça da gente é uma coisa interessante… Bastou eu perder a concentração e a cabeça começou a acusar dor, desânimo, dificuldade em manter o ritmo… e assim foi por quase 1k, me arrastando… até que retomei as rédeas do pensamento, voltei ao ritmo e parti para o sprint final… Agora analisando os dados, vejo como aquele quilômetro de “desconcentração” me custou tempo, pois mesmo com o sprint final, quando acelerei bastante, a média do último quilômetro foi muito próxima à dos demais durante a prova toda…

E assim, com duas horas e vinte minutos de corrida cruzei a linha de chegada, sem forçar o cárdio, quase que respirando normalmente, sentindo um pouco os joelhos… Mas bastou esfriar o corpo no pós-corrida para eu começar a caminhar igual o Robocop, ahahahahah.

* Posição

Largaram 176 corredores na minha categoria que é de atletas com idade entre 60 e 65 anos. Eu cheguei em 140° lugar. Dos 8469 corredores que largaram na prova, eu cheguei em 7195°. Perfeito, para minha primeira competição e primeira meia-maratona, fiquei plenamente satisfeito. A vitória pela qual corro é sobre minha mente e o pace que eu busco é o da qualidade de vida.

* Idosos

Como eu disse, só na minha categoria eram 176 corredores. Havia muitos mais nas categorias acima. Gente saudável que, como eu, corre pelo prazer, pela qualidade de vida, e não pelo pódio ou pelo melhor pace… Muito bacana vê-los; ótimo pertencer a esta coletividade.

Um causo: era muito comum eu passar por uns corredores e, mais adiante, eles me passarem; outros me passavam e alguns quilômetro depois eu os alcançava… Pois bem, lá pelo quilômetro 12 uma senhorinha de uns 70/75 anos me passou, num belo trote… Pensei comigo, neste ritmo logo ali eu te alcanço… Doce ilusão, pois nunca mais encontrei ela, ahahahahah. A vovozinha não era fraca não, ahahahahahah.

* Meus companheiros aqui do Vale

Como nos desencontramos eu e os colegas do Vale, e só nos vimos no final, após a chegada, compartilho agora a impressão deles sobre a prova.

Isabela Gusmão: “foi uma experiência incrível, uma mistura de sentimentos, de emoção… foi incrível mesmo”;

Antônio “Guga” Nunes: “foi um momento mágico… tem coisas na vida que não existem palavras para descrever, que precisam ser sentidas para se conseguir mensurar o significado; a Maratona Internacional de Porto Alegre é assim…”.

Claudete Bastos Toillier: “foi incrível, muita energia positiva, estar participando onde não tem competição, onde é você com você mesmo… já estou pensando nos 42 k…; a sensação de bem estar não tem explicação; só sei dizer que é maravilhoso…”.

 

Pois então amigo leitor, foi assim que esse pequeno grupo de corredores aqui do Vale, que enfrentam frio, chuva, cães ameaçadores, motoristas desrespeitosos e uma séria de adversidades, se desafiaram e, com relativa preparação, boa-vontade, esforço e dedicação, participaram de um dos maiores eventos de atletismo de nosso estado. Foi pouca coisa não! E com certeza já estamos colhendo os frutos de nossa prática esportiva (mas isso é assunto para outro momento).

Bom fim de semana e até à próxima, se Deus quiser.

 

 

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Autenticidade do Turismo Rural no Rio Grande do Sul é destaque nacional

Na última sexta-feira (13/06), foi celebrado o Dia do Turista, uma data que destaca a importância do turismo como motor de desenvolvimento econômico, social e cultural em todo o país. No Rio Grande do Sul, o Turismo Rural foi o grande protagonista, reafirmando seu papel como alternativa sustentável de geração de renda e valorização das tradições do campo.

Com forte atuação no setor, a Emater/RS-Ascar tem contribuído de forma decisiva para o crescimento dessa atividade. Em 2024, a Instituição prestou assistência a 3.080 empreendimentos familiares que apostam no turismo como complemento à produção agrícola, promovendo experiências autênticas que unem cultura, natureza e hospitalidade.

Para a turismóloga e extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Natália Salvate Brasil, o Turismo Rural vem ganhando cada vez mais espaço por oferecer vivências verdadeiras, conectadas ao modo de vida das famílias rurais. “Trata-se de uma atividade que valoriza o protagonismo das mulheres, dos jovens e dos idosos, além de preservar o meio ambiente e a identidade local. É uma alternativa sólida de diversificação da renda no campo”, afirmou.

Com influências nativas e de imigrantes europeus, como italianos, alemães e portugueses, o Estado oferece uma ampla diversidade de roteiros que encantam pela originalidade. As opções vão de visitas a vinícolas e propriedades rurais a trilhas ecológicas, culinária típica e vivências culturais em pequenas comunidades espalhadas por todo o território gaúcho.

Transformação com identidade

A atuação da Emater/RS-Ascar vai além da assistência técnica. A Instituição fortalece a cadeia do Turismo Rural de forma integrada, promovendo capacitação, melhoria na infraestrutura, resgate do patrimônio cultural e incentivo ao artesanato e à gastronomia regional. O objetivo é melhorar a qualidade de vida das famílias, respeitando a diversidade étnica e cultural do Estado.

Sheila Finger, agricultora e proprietária da Vinícola Finger, em Rolante, relatou a importância desse apoio. Integrante do roteiro Caminhos das Pipas, ela contou que a Emater esteve presente desde o início da atividade turística na propriedade. “Recebemos capacitação, orientações e incentivo. Hoje, oferecemos uma experiência simples, mas verdadeira, com base na nossa história e modo de viver. Isso faz toda a diferença”, disse.

Mostras e visibilidade

O trabalho da Emater/RS-Ascar também foi destaque em eventos como Expointer, Expodireto Cotrijal, Expocampo e Expoagro Afubra, além de projetos como “Sabores do Campo” e “Caminhos Rurais” de Porto Alegre. Essas iniciativas ampliam a visibilidade dos empreendimentos familiares e conectam o público urbano ao universo rural.

Para a professora Mayara Novo, do curso de Turismo da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), o Estado possui grande potencial para consolidar o Turismo Rural como atividade estratégica. “A diversidade de experiências, paisagens e saberes é um diferencial. O fortalecimento da gestão, o trabalho coletivo e o incentivo à inovação são caminhos para o crescimento sustentável do setor”, observou.

Série especial: Focos Estratégicos

Esta matéria inaugura a série “Focos Estratégicos”, uma produção especial da Emater/RS-Ascar que, semanalmente, vai abordar um dos 11 eixos prioritários de atuação da Instituição. A proposta é revelar, por meio de histórias reais e resultados concretos, como o trabalho técnico impacta positivamente a vida das famílias do campo.

Confira os próximos temas da série:

Segurança, soberania e abastecimento alimentar

Agroindústria

Bovinocultura de leite

Educação na defesa sanitária animal e vegetal

Horticultura

Manejo e conservação da água e do solo

Produção, secagem e armazenamento de grãos

Pecuária Familiar

Usos múltiplos de água: reservação e irrigação

Acesso às políticas públicas, a direitos sociais e socioambientais

Presente em todas as regiões do Estado, a Emater/RS-Ascar segue comprometida em fortalecer o Turismo Rural como instrumento de desenvolvimento local, promovendo inclusão, sustentabilidade e orgulho de viver no campo.

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Senador Luis Carlos Heinze destinou emenda 
para reforçar a saúde de Vale Verde

Na última quinta-feira, dia 12, o município de Vale Verde recebeu um importante recurso destinado à área da saúde. Os representantes do senador Luis Carlos Heinze (PP), Elton Barreto e Luis Vicente, estiveram no gabinete do prefeito Ricardo Froemming para oficializar a entrega de uma emenda parlamentar no valor de R$ 92.581,00. O montante será utilizado para a aquisição de um veículo para a Secretaria Municipal da Saúde.

A reunião contou com a presença do vice-prefeito Gabriel Dettenborn de Mello, do vereador Roger Toillier (PP) — autor da solicitação da emenda —, do vice-presidente do Partido Progressista em Vale Verde, Nestor Scherer, além de outros integrantes da sigla e secretários municipais.

Na ocasião, o prefeito Ricardo Froemming agradeceu o apoio do senador e ressaltou a importância da parceria. “O senador Luis Carlos Heinze é um político que já contribuiu com Vale Verde em diversas oportunidades. Temos grande admiração pelo seu trabalho, especialmente na defesa do setor agropecuário. Além disso, é um amigo de longa data”, destacou o prefeito.

O recurso fortalecerá a estrutura da saúde no município, contribuindo para um atendimento mais eficiente e seguro à população.

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A necessidade de tributos mais justos

Esta entrada é parte da 20 do 24 na série Feminicídio

Há meses as questões do alargamento da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) e da compensação fiscal pela taxação das grandes rendas ou das transações financeiras (IOF) vem dominando o debate político no cenário nacional. Nas últimas semanas, as mobilizações pela securitização das dívidas dos produtores rurais introduziram um novo ingrediente nesta questão já bastante complexa. Tanto como cristãos como cidadãos, não podemos ficar omissos a esse debate e aos interesses que gravitam em torno dele.

A Doutrina Social da Igreja Católica (DSI) coloca o conceito de Justiça no centro da abordagem das questões sociais. A justiça é a “constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido e constitui o critério determinante da moralidade no âmbito intersubjetivo e social” (CDSI, § 201).  E o conceito de Justiça Social diz respeito aos aspectos sociais, políticos, econômicos e, sobretudo, à dimensão estrutural dos problemas e suas respectivas soluções. E aqui entra o conceito de Justiça Tributária.

O Compêndio da Doutrina Social da Igreja (CDSI) diz os impostos e a despesa pública têm uma “importância econômica crucial” para qualquer comunidade civil e política, devem ser administrados com responsabilidade e transparência e ter como meta o Bem Comum, a solidariedade e o desenvolvimento equitativo e eficiente dos diversos segmentos da sociedade. Nesse horizonte, o pagamento de impostos é uma concretização do dever de solidariedade, e a carga tributária deve ser racional e equitativa (cf. CDSI, § 355).

A Justiça Social e a Justiça Tributária são tão relevantes que seu esquecimento ou descumprimento é considerado um Pecado Social.  “Pecado Social é todo o pecado contra o Bem Comum e contra as suas exigências, em toda a ampla esfera dos direitos e dos deveres dos cidadãos” (CDSI, § 118). Assim, o seu enfrentamento é necessário, e promove a liberdade e a dignidade humana. E, para assegurar o bem comum, os governos devem harmonizar com justiça os diversos interesses setoriais (cf. CDSI, § 169).

Por isso, a reação de alguns segmentos econômicos e grupos políticos à proposta de mudança nas regras do IR, de taxação das grandes rendas, do lucro das BET’s e algumas outras atividades merecem uma análise mais apurada. Não se trata de aumento de impostos, mas da busca de uma maior justiça tributária. A obstrução da taxação das grandes fortunas e das transações financeiras é uma agressão à Justiça Social, e pode ser vista como Pecado Social. A securitização das dívidas dos produtores rurais, sem distinção de grandes e pequenos, vai na mesma linha e merece crítica semelhante.

Podemos ver na ação destes grupos semelhança com a prática dos fariseus e doutores da lei, criticada implacavelmente por Jesus: “Amarram fardos pesados e insuportáveis e os põem aos ombros dos homens, mas eles mesmos não querem movê-los, nem sequer com um dedo” (Mt 23,4); “Os reis das nações dominam sobre elas, e os que exercem o poder se fazem passar por benfeitores. Entre vocês não seja assim” (Lc 22,24-25). Como cristãos, não podemos nos alinhar a estes falsos benfeitores, e precisamos postular uma justiça multidimensional e plena (cf. Mt 3,15). Se a nossa justiça não for maior que a desses senhores, não seremos verdadeiros cidadãos do Reino de Deus (cf. Mt 5,20).

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