domingo, maio 19, 2024
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Incidente com bomba submersa causa desabastecimento de água a moradores de Passo do Sobrado

SEM ABASTECIMENTO

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Moradores de parte da área central e das localidades da Malhada e Cerro da Boa Esperança ficaram quatro dias sem água

 

Rosibel Fagundes

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Moradores de parte da área central de Passo do Sobrado e das localidades da Malhada e Cerro da Esperança alegam que, ficaram quatro dias sem água após uma bomba submersa existente no poço artesiano na Malhada ficar soterrada. No domingo, 14, a bomba foi atingida por um caminhão dos Bombeiros Voluntários do município, e por conta disso, causou o desabastecimento naquela região.

Desde segunda-feira, 15, uma força-tarefa formada por funcionários do Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) e de técnicos terceirizados de uma empresa de Santa Cruz do Sul juntamente com pessoas do município, buscavam recuperar a bomba, o que aconteceu somente na manhã de quinta-feira, 17. Após a limpeza e reparos necessários na bomba, o abastecimento começou a ser restabelecido de forma gradativa, informou o SEMAE.

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Para amenizar a falta de água, um caminhão dos bombeiros voluntários levou água potável ao reservatório da comunidade para atender as necessidades básicas dos moradores. Contudo, os afazeres domésticos como lavar roupas, louças e outros ficaram impossibilitados como explica a professora, Letícia Kaufmann, que reside na Avenida Alberto Jacobsen.

“Ficamos sem água de domingo até hoje (quinta-feira), às 11h45. À tardinha o caminhão de bombeiros colocava uma quantidade de água no reservatório e liberava para as casas, mas em locais mais altos, a água não chegava. Na minha casa chegou muito pouco, não dava nem para tomar banho, tivemos que ir para casa dos meus pais. Água para beber recebemos de um vizinho que também possui propriedade no interior e trazia, e para os cavalos que criamos aqui, são seis animais, a água era da chuva que juntamos em um tonel. Roupas eu não lavo desde segunda, a casa também, para não sujar as panelas pedíamos marmitas,” afirma.

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Segundo Letícia, os seus questionamentos e outras manifestações nas redes sociais, foram direcionados diretamente aos representantes (prefeito e secretários), pela falta de informação e transparência com a real situação e retorno da água. “Jamais foram referentes aos bombeiros voluntários, tendo em vista, a importância desse trabalho no município!”, disse.

O responsável pelo setor da água no município, João Regert, que já foi prefeito de Passo do Sobrado, esclarece que desde segunda-feira, 14, uma equipe tentava solucionar o problema.

 

“Estávamos desde o início da semana, com uma equipe de Santa Cruz que é especializada neste serviço e tem material específico. Esse poço foi perfurado mais de uma vez e tem uma curva que quando chegava ali a rosca para puxar a bomba não aguentava e caia para dentro novamente. Foi muito trabalhoso. Pessoas da comunidade também ajudaram. Era preocupante eu não conseguia nem dormir, porque faltar água é uma coisa muito triste, a água é prioridade em uma casa”, ressalta.

 

Falta de água no Passo da Mangueira

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A falta de água em algumas localidades também preocupa.  A situação deixou de ser pontual e virou crônica. Relatos de moradores de Capela dos Cunha, Passo da Mangueira e Taquari Mirim sobre a falta de água são recebidos com frequência. Em algumas casas a água chega nas torneiras somente a noite. É o que acontece na casa de Aline Moraes.

Há seis anos residindo na localidade de Passo da Mangueira, ela diz que sofre com a falta da água diariamente. “Tinha uma época que a caixa enchia pela madrugada e agora não mais. Está tão fraca que não tem força para subir pra caixa. Fomos obrigados a comprar outra para manter pelo menos a do chão cheia e jogar com a bombinha pra de cima. Quando nós pedimos o relógio logo que construímos ali, não nos disseram que não teria viabilidade de água e agora nós seguimos pagando o ‘ar’ somente dos canos, pois se não pagar vem aviso de corte. Nunca vieram resolver com a gente, eles sabem, mas não fazem nada.

De acordo com Regert, a administração busca medidas a médio e longo prazo para solucionar o problema do desabastecimento.  “As redes existentes elas foram muito espichadas e isso traz problemas. Na minha época quando prefeito foram mais de quarenta quilômetros de rede de água e depois começaram a espichar e colocar canos com material inferior, e o poço não tem vazão suficiente. A única solução seria substituir os canos de 40 mm por outros de no mínimo 60 ou 80 mm, e hoje o custo é muito alto. Lembrando que temos mais de R$ 600 mil em dívida ativa em água, e que esse dinheiro poderia estar sendo investido para novas redes com material de qualidade. Além disso, temos apenas dois funcionários no setor para atender quase 2 mil hidrômetros, é pouca gente para muito serviço, mas nada adianta contratar novos se não tiver uma ação para resolver o problema”,

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