segunda-feira, maio 20, 2024
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Dengue: Como escolher o melhor repelente?

Médico infectologista Marcelo Carneiro dá dicas e orienta os cuidados para evitar a doença

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Rosibel Fagundes

Com o aumento significativo de casos de dengue em todo o país e o Rio Grande do Sul em alerta máximo contra a doença, a alternativa é evitar a picada do mosquito Aedes aegypti. Além dos cuidados básicos, de manter os pátios e piscinas sempre limpos, vasilhames vazios, colocar telas de proteção em janelas, a dica é também se proteger com o uso de repelente.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os produtos que tem as substâncias ativas sintéticas registradas como eficazes no combate ao mosquito são: DEET (N-dimetil-meta-toluamida ou N,N-dietil-3-metilbenzamida), icaridina (Hydroxyethyl isobutyl piperidine carboxylate ou Picaridin) e IR3535 (Ethyl butylacetylaminopropionate ou EBAAP).
O médico infectologista Marcelo Carneiro, destaca que os repelentes químicos em líquido, creme ou aerossol independentemente de sua consistência todos têm a mesma função, de evitar a picada dos mosquitos, porém, a eficácia pode depender de vários fatores, incluindo o ingrediente ativo.
“A Icaridina é um ingrediente ativo comum em muitos repelentes de insetos e é conhecida por sua eficácia contra uma variedade de insetos, incluindo mosquitos. Em comparação com outros ingredientes ativos, a Icaridina é frequentemente considerada uma opção mais suave para a pele e pode ter uma duração prolongada de proteção, muitas vezes oferecendo proteção por várias horas com uma única aplicação”, afirma.
Também há diferentes princípios ativos nos repelentes químicos, cada um com um intervalo de aplicação diferente e faixa etária recomendada. “Aqueles à base de icaridina são mais comuns e costumam durar mais na pele. Eles são recomendados para crianças a partir dos seis meses de idade, a duração é de até 10 horas”, explica. O especialista também ressalta que é preciso verificar no rótulo se o produto contém aprovação da Anvisa.
Sobre o óleo de citronela, frequentemente utilizado como repelente de insetos, incluindo mosquitos, ele ressalta que também pode ser um aliado. Mas, a sua utilização seria mais como complemento a outras medidas preventivas.
“Estudos mostraram que ele pode ter algum efeito repelente, mas sua eficácia pode variar de acordo com diversos fatores, como concentração do óleo, aplicação correta e até mesmo características individuais do usuário. Em relação à prevenção contra a picada do mosquito da dengue, alguns estudos sugerem que o óleo de citronela pode ser eficaz, mas geralmente é recomendado como um complemento a outras medidas preventivas, como o uso de repelentes comerciais, telas em janelas e portas, roupas que cubram a maior parte do corpo, evitar áreas com grande concentração de mosquitos, entre outras”, esclarece.
Sobre a vacina contra a dengue a Dengvaxia e a QDENGA, mesmo quem já está vacinado deve continuar com os cuidados preventivos para que o mosquito transmissor não se prolifere. É importante que a população faça a sua parte e observe ambientes dentro e fora de casa que possam servir de abrigo e reprodução do vetor da doença.

RS registra 9º óbito por dengue

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Com 9.608 casos confirmados de dengue o Rio Grande do Sul registra a 9ª morte em decorrência da doença. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), confirmou na manhã desta sexta-feira, 01, o óbito. Trata-se de um homem de 59 anos, que residia em Canoas e possuía comorbidades. O óbito ocorreu em 19 de fevereiro.

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