No domingo de Páscoa de 2025, o Papa Francisco, ainda fragilizado pela saúde, fez uma das suas últimas aparições públicas para conceder a tradicional bênção “Urbi et Orbi” da varanda da Basílica de São Pedro, em Roma. Sua presença, mesmo marcada por cansaço, foi uma mensagem profunda de renovação espiritual e de apelo pela paz, não apenas para os católicos, mas para o mundo inteiro.
Visivelmente cansado, mas com a emoção de sempre, o Papa saudou os fiéis com palavras de conforto e otimismo, recordando a verdadeira essência da Páscoa: a ressurreição de Cristo como um símbolo de vida nova, de esperança e de fé. Francisco, que sempre fez da paz sua principal mensagem, pediu orações pela cessação dos conflitos no Oriente Médio, na Ucrânia e em outras regiões de tensão mundial. Ele reforçou, mais uma vez, que o perdão, a solidariedade e o amor ao próximo são as respostas mais eficazes para as crises que afligem a humanidade.
Poucas horas após a benção, no dia 21 de abril, o Papa faleceu de um acidente vascular cerebral, encerrando uma era de liderança marcante e um pontificado de grandes desafios e vitórias. Seu falecimento, ocorrido em sua residência na Casa Santa Marta, trouxe grande comoção mundial. De acordo com seu médico pessoal, o Papa partiu sem sofrimento, conforme seu desejo de ter uma morte tranquila, sem grandes intervenções médicas.
A última Páscoa de Francisco foi, portanto, um momento de despedida e de afirmação do seu legado. Nos últimos anos de seu pontificado, ele se destacou pela busca incessante pela paz, pelo diálogo interreligioso e pela defesa dos direitos humanos, especialmente dos mais vulneráveis. Seu apelo por uma Igreja mais próxima dos pobres e marginalizados, bem como por uma maior compreensão entre os povos, fez dele uma figura admirada globalmente, inclusive por aqueles fora da Igreja Católica.
O funeral de Papa Francisco será realizado na Basílica de São Pedro, no sábado, 26 de abril, com a presença de líderes mundiais e milhares de fiéis. Sua morte não é apenas a perda de um líder espiritual, mas de um homem que dedicou sua vida a construir pontes e a promover a paz em um mundo muitas vezes dividido.
Sua última Páscoa, celebrada com fé e determinação, ficará marcada na memória da Igreja e do mundo, como o momento em que o Papa Francisco, mesmo diante das limitações da doença, reforçou sua mensagem de esperança, amor e compromisso com a paz. Em sua jornada final, ele deixou claro que, em Cristo, a verdadeira ressurreição está no amor e na ação em prol do próximo, especialmente daqueles que mais necessitam.
O Papa Francisco, em sua simplicidade e compaixão, fez da Páscoa um símbolo de transformação e renovação espiritual, algo que ficará gravado nos corações de todos que o acompanharam ao longo de seu pontificado.
