Santa Cruz do Sul é o município que apresenta o maior número de pessoas que tiveram a doença
Rosibel Fagundes
Os primeiros 50 dias de 2025 já contabilizaram 42 casos autóctones confirmados na área de abrangência da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS). Santa Cruz do Sul é o município que apresenta o maior número de casos, são 36. Seguido por Candelária (2), Rio Pardo (2), Vale do Sol (1) e Venâncio Aires (1). Nenhum óbito foi registrado este ano na região.
Atualmente o Estado apresenta elevados níveis de infestação pelo vetor em todos os municípios nesta condição. Na região da 13°CRS, os municípios que apresentam índices de infestação mais elevados são Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Vera Cruz, Candelária e Herveiras.
Segundo o coordenador de atividades ambientais da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), Luís Fabiano Casseres, o número de casos ficou abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. “Neste ano de 2025 verificamos até o momento um perfil diferente relativo ao ano passado, apresentando menos casos referente ao mesmo período de 2024. Contudo, as pessoas devem ficar em alerta porque é depois do carnaval que se verifica o aumento de casos de forma mais consistente”, destaca.
Ele esclarece que o período de sazonalidade da doença situa-se, principalmente entre os meses de janeiro e maio, haja vista que estamos na estação do verão onde as temperaturas são naturalmente mais altas. Além disso, segundo Casseres, a proliferação da dengue na região está vinculada ao comportamento da população de manter os pátios e as áreas internas limpas e evitar água parada.
“A humanidade propicia um ambiente adequado a proliferação de insetos, dentre eles, temos o mosquito aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chukungunya. Assim, é de fundamental a importância que não seja mantido recipientes com água parada, recipientes estes que possam a vir a se transformar em criadouros para o mosquito, como pneus, objetos espalhados no pátio, que possam acumular água parada. Cuidar nos canteiros de obra para que lonas e demais objetos não fiquem com água acumulada, piscinas devem ser tratadas pelo proprietário semanalmente com cloro, os ralos que podem armazenar água, manter as cisternas e as caixas de água bem fechadas impedindo o acesso de insetos, limpar as calhas, pois elas podem acumular sujeiras e folhas em empoçar água”, destaca. A CRS também orienta que seja evitado o cultivo de plantas que acumulem água em áreas urbanas, como as bromélias, pois podem se tornar criadouros do Aedes aegypti.
Sinais de alerta e sintomas de dengue devem ser investigados
No cenário de calor intenso que vem assolando a região sul ao longo do verão, os cuidados com a dengue são ainda mais necessários. A doença merece atenção aos primeiros sinais para que se evite o agravamento do quadro clínico e o risco de óbito.
Em 2024, o Estado contabilizou 200 mil casos confirmados de dengue. Foram 281 mortes em razão da doença, o que acende o alerta do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) para que os sintomas não passem despercebidos pela população.
A primeira manifestação é a febre, que tem duração de dois a sete dias, geralmente alta (39°C a 40°C), associada a dor de cabeça, fraqueza muscular, debilidade ou falta de força, dor muscular, dor nas articulações) e à dor atrás dos olhos. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) recomenda que ao observar esses sinais e sintomas a população busque imediatamente o serviço de saúde.