A Polícia Civil busca desvendar um crime que ainda longe de ser concluído. No domingo, 05, foi presa a mulher suspeita de colocar arsênio em bolo que envenenou várias pessoas no Natal do ano passado, em Torres. De acordo com o Tribunal de Justiça, Deise Moura dos Anjos, 42 anos, fez pesquisas na internet sobre arsênio antes do caso, um relatório preliminar dos dados extraídos do telefone mostra que houve busca pelo termo arsênio e similares.
Deise que é casada com o filho de Zeli Terezinha Silva do Anjos, de 61 anos, mulher que preparou o bolo, está recolhida no presídio feminino de Torres. Uma das possíveis motivações para o crime seria uma desavença familiar de mais de 20 anos envolvendo a suspeita presa, e a sogra.
O incidente ocorreu no dia 23 de dezembro de 2024 e está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Zeli preparou o bolo de natal em sua residência em Arroio do Sal e levou para a confraternização em família em Torres. Logo após comerem, os familiares começaram a passaram mal. Zeli também comeu o bolo e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. De acordo com a investigação havia arsênio presente na farinha usada no preparo do bolo.
Três integrantes da mesma família morreram. Outras três chegaram a ficar hospitalizados, inclusive uma criança, que já recebeu alta. Morreram Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47, e Maida Berenice Flores da Silva, de 59, filha e irmã de Neuza, respectivamente.
Os investigadores confirmaram a presença de arsênio em amostras de sangue das vítimas. Deise pode responder por triplo homicídio duplamente qualificado e uma tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. A investigação ainda não determinou quem seria o alvo principal de Deise Moura e como ela conseguiu inserir o arsênio na farinha.
Segundo uma familiar,horas antes de ser presa Deise teria ido até o hospital onde está internada a sogra, e levado suco e chocolate, mas os produtos foram descartados. A mesma também compareceu nos três velórios dos familiares que morreram após comerem o bolo envenenado.
Em setembro de 2024, Deise e o marido teriam levado a casa da sogra bananas e leite em pó. As bananas teriam sido colhidas na casa em que Zeli e o Paulo Luiz dos Anjos, moravam em Canoas, antes das enchentes. Dois dias após a visita, o sogro começou a passar mal e faleceu por intoxicação alimentar. Agora, com esta nova situação, a polícia abriu inquérito para fazer a exumação do corpo e investigar se houve envenenamento nesse caso.