Na última sessão da Câmara de Vereadores de Passo do Sobrado, o vereador Evaldir (PSB) iniciou sua fala saudando a todos os presentes e parabenizando o jornal Gazeta Popular. Durante seu pronunciamento, abordou críticas recebidas de um colega parlamentar, especialmente a menção ao termo “pilantragem”, o qual considerou ofensivo. Evaldir rebateu, afirmando que, por sua experiência como policial civil, conhece bem o significado da palavra e quem realmente se enquadra nesse perfil.
Ele também respondeu à acusação de não ter trazido nenhum benefício para o município, lembrando que articulou uma emenda de R$ 3 milhões com o Deputado Heitor para o asfaltamento do trecho que liga ao Frigorífico do Sul — valor que, segundo suas palavras, “daria para comprar 10 mil carrinhos de mão”. Declarou ainda que “o que vem de baixo não me atinge”, reafirmando que, se recebeu algum seguro, foi devidamente pago e que não tem pendências a esse respeito.
Evaldir enfatizou que foi eleito para trabalhar e não para se submeter ao prefeito ou ao grupo político da situação. Sobre a área da Educação, foi enfático ao pedir igualdade de tratamento. Questionou por que apenas 11 professoras foram convocadas com salários elevados enquanto outras três ficaram de fora, o que, segundo ele, evidencia uma perseguição política clara no município.
Aproveitou para explicar a emenda apresentada pela comissão ao Projeto de Lei nº 011/2025, que propõe que contratações de professores ocorram apenas quando não for possível convocar concursados para regime suplementar, ou em casos de entraves burocráticos. Disse que o argumento da Secretaria de Educação sobre economia nos cofres públicos só tem sido aplicado contra professores considerados da oposição, e que isso é uma incoerência inaceitável.
Evaldir fez um apelo para que seus colegas vereadores raciocinem de forma positiva e façam justiça na Casa. Ao tratar do autismo, admitiu que ainda está aprendendo sobre o tema, mas garantiu que tudo que estiver ao seu alcance será feito em prol da causa.
O vereador também destacou um projeto de sua autoria, elaborado junto com os vereadores Elísio, Juliana e Tania, com o objetivo de promover igualdade na Câmara. Criticou o fato de que há espaço garantido para a líder do governo, mas não para a oposição, o que prejudica os vereadores oposicionistas com menos tempo de fala — cinco minutos a menos. Citou que, tanto no Congresso Nacional quanto na Assembleia Legislativa, os tempos de fala são igualitários entre situação e oposição, e pediu que o mesmo se aplique em Passo do Sobrado.
Finalizou destacando o aumento nas contas de energia, que agora incluem uma taxa de R$ 5,00 para iluminação pública, mesmo com a precariedade do serviço oferecido.
Como líder de bancada, Evaldir voltou ao tema do autismo, mencionando uma reportagem que mostrava um instrutor de escola agredindo um aluno com autismo — caso que classificou como lamentável. Reforçou a importância de que profissionais estejam preparados para lidar com a condição, lembrando que a vereadora Célia foi autora do projeto que instituiu o Dia do Autismo no município.
Em tom mais pessoal, esclareceu questões mencionadas anteriormente, dizendo que se casou duas vezes, “para quem quiser saber”. Ao falar novamente sobre o Projeto de Lei nº 011/2025, ressaltou que sua emenda busca garantir a legalidade e transparência, conforme os princípios estabelecidos no artigo 37 da Constituição Federal: legalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Declarou que sua preocupação é com a justiça e que apoiaria a emenda independentemente de quem fosse o autor.
Por fim, reforçou a necessidade de tratamento igualitário entre situação e oposição dentro da Câmara. Destacou que a emenda que será levada ao plenário visa garantir esse equilíbrio e que não pode ser aplicada com prazos curtos, pois busca ter validade prolongada. Alertou que, no futuro, outros podem estar na mesma posição da oposição atual, e concluiu pedindo igualdade de tempo e de condições para todos os parlamentares.