terça-feira, março 25, 2025
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Famílias pedem apoio a Vereadores para mudar a forma de abordagem dos policiais militares

Na última sexta-feira, 07, um jovem que estava em uma motocicleta foi autuado e agredido durante uma abordagem

Entre os diversos assuntos debatidos na última sessão da Câmara de Vereadores de Passo do Sobrado, na segunda-feira, 10, o principal foi a questão da conduta de policiais militares durante abordagem a jovens no município. Quatro famílias compareceram para pedir apoio aos vereadores para uma solução do problema.

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Adriane Haas, moradora da localidade da Malhada, falou em nome dos demais. O filho dela, um jovem que completou 17 anos nesta semana, foi autuado por policiais militares na noite da última sexta-feira, 07, após deixar a Escola Estadual Alexandrino de Alencar. Segundo a mãe, o rapaz que teria saído da escola se dirigia até a localidade de Taquari Mirim, para levara a namorada para casa, quando dois policiais militares de Passo do Sobrado teriam o abordado lhe agredido.

“Ele não recebeu ordem de parada, o carro da BM seguiu eles e quando ele foi parar, os policiais só abriram a porta e já derrubaram a moto, em momento algum perguntam o nome ou idade, já chegaram dando socos e chutes no meu filho, que logo caiu. No chão, um deles ainda calçou o pé no pescoço dele e perguntou se era de maior de idade, ao dizer que faria 17 anos esta semana, o policial cuspiu em seu rosto e disse toma aqui o seu presente”, destacou.

Os pais do jovem foram chamados e todos foram encaminhados a Delegacia de Polícia em Santa Cruz do Sul. A moto foi apreendida. A mãe afirma que sabe que o filho estava errado pelo fato de ser menor de idade e não ter carteira de habilitação, mas ressalta que nada justifica a agressão que ele sofreu.

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“Nós como pais sabemos que é errado ele estar dirigindo, mas ele estava voltando da escola e na maioria dos dias é nós que o levamos, mas naquele dia ele resolveu ir de moto. Poderiam somente ter tirado a moto. Mas não, bateram nele e o chamaram de vagabundo, marginal entre outras nomes. Tem mais casos de jovens perseguidos e agredidos pela BM aqui. Meu filho não foi o primeiro e não será o último, se isso continuar”, afirmou a mãe. O rapaz ficou com lesões no rosto, pescoço, braços e abdômen.

Já a par da situação, o presidente da Câmara de Vereadores, Fábio Baierle e alguns parlamentares estiveram reunidos durante a segunda-feira, 10, com a Brigada Militar local. “Nada justifica a violência, nos reunimos com a Brigada Militar para resolver a situação, mas é algo difícil para nós vereadores, pois os policiais nos passaram uma versão, e os pais tem outra. Não podemos intervir no trabalho da polícia, mas estamos buscando uma solução para que não aconteça novamente abordagens como esta, com violência. Estamos aqui para tentar amenizar e fazer o melhor para todos”, esclarece.

Durante a sessão, a maioria dos vereadores utilizaram a tribuna popular para falar sobre o episódio e repudiaram qualquer tipo de violência. Um abaixo-assinado foi feito pelos pais do jovem para mudar a forma de abordagem dos policiais, em especial para com os jovens. A reportagem entrou em contato com o 23º Batalhão de Polícia Militar (23° BPM), com sede em Santa Cruz do Sul, mas até o momento, ainda não obteve resposta sobre o caso, nem a conduta dos policiais.

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