Durante a sessão legislativa desta semana, a vereadora Tania (PT) expressou profunda preocupação com a falta de políticas públicas voltadas ao acolhimento de idosos enfermos no município. Em seu pronunciamento, ela relatou o caso de um morador gravemente doente, que está sob seus cuidados, e que, ao buscar auxílio junto aos serviços públicos, não encontrou o suporte necessário.
Segundo a vereadora, ao procurar ajuda, foi informada de que o município “não poderia fazer nada a respeito”. Mesmo após recorrer à Assistência Social, recebeu como orientação acionar o Ministério Público. Ela destacou que, apesar de receber informações claras sobre os limites institucionais, se não fosse por sua própria iniciativa, o idoso estaria totalmente desassistido. “Atualmente, não existe nenhuma entidade no município voltada ao atendimento de idosos enfermos”, lamentou.
No contexto de sua fala, Tania fez uma comparação impactante com o tratamento que os animais recebem por meio de organizações voltadas à causa animal. Afirmou que, muitas vezes, “um cachorro vale mais do que um ser humano” e lembrou que, enquanto existem ONGs bem estruturadas para cuidar de animais, não há sequer um espaço para acolhimento de idosos em situação de abandono.
Diante desse cenário, a vereadora sugeriu a criação de um projeto que viabilize a implantação de uma instituição de longa permanência para idosos em situação de vulnerabilidade. A proposta, que deverá ser formalizada em breve e protocolada na Câmara, foi batizada de Viver com Respeito. O objetivo, segundo ela, é garantir acolhimento digno a quem já não tem mais condições de se cuidar sozinho.
Tania reforçou que não está pressionando ninguém a assumir os cuidados com o idoso que acompanha, mas apelou à sensibilidade dos colegas parlamentares, do poder público e da sociedade. “Precisamos unir esforços para criar um espaço de atenção e cuidado. O projeto Viver com Respeito é um passo nessa direção”, concluiu.
