Se eu pudesse esperar algo da Páscoa, esperaria mais do que uma data bonita no calendário. Esperaria que ela fosse um convite sincero à renovação — não só do mundo ao meu redor, mas de dentro para fora, bem no silêncio da alma.
Eu esperaria que as pessoas se lembrassem de desacelerar, nem que fosse por um instante, para respirar fundo e se reconectar com aquilo que realmente importa. Que as conversas fossem mais leves, os olhares mais gentis, os abraços mais verdadeiros.
Da Páscoa, eu esperaria fé. Mas não apenas fé como crença, e sim como um jeito de enxergar a vida — com esperança mesmo quando tudo parece escuro, com coragem mesmo quando o caminho é incerto. Esperaria uma fé que aquece, que acolhe, que transforma.
Esperaria, também, que a mensagem de amor que a Páscoa carrega fosse sentida de verdade. Que as pessoas lembrassem que o amor maior não está nos discursos, mas nos gestos — nos pequenos sacrifícios do dia a dia, na escolha de ser bom mesmo quando ninguém está vendo.
Eu esperaria que a Páscoa fosse um lembrete silencioso de que sempre é possível recomeçar. De que não existe queda definitiva, e que a vida nova começa quando a gente decide deixar morrer o que nos pesa e florescer o que nos liberta.
Se eu pudesse escolher o que esperar da Páscoa, escolheria isso: mais compaixão, mais fé, mais verdade, mais amor. E que tudo isso não durasse apenas um domingo — mas se espalhasse em cada dia, como uma semente de luz plantada no coração.
E você?