Na sessão da Câmara Municipal do dia 17/03, o vereador Loreno Romário (PP) levantou um debate acalorado sobre a situação dos produtores de tabaco. Em seu pronunciamento, saudou a todos e expressou preocupação com a queda drástica nos valores pagos pelo produto, afetando diretamente os agricultores.
Romário destacou que, no início das colheitas, os produtores registraram uma produção inicial de 20 sacas, bem abaixo das 42 sacas que eram comuns anteriormente. Para ele, essa redução representa um retrocesso e exige uma análise criteriosa sobre os fatores que a influenciaram.
O vereador criticou duramente as empresas compradoras de tabaco, afirmando que elas estão penalizando os trabalhadores rurais ao oferecerem preços inferiores ao esperado. Segundo ele, as empresas estão forçando os agricultores a venderem abaixo do valor justo, ignorando as dificuldades enfrentadas no campo. “Eles querem castigar os produtores, querem que vendam abaixo do preço, que afrouxem”, denunciou.
Romário comparou os valores pagos pelo produto nos últimos anos, lembrando que, em 2023, os produtores receberam mais de R$ 400,00 por arroba, enquanto agora as empresas querem pagar menos de R$ 330,00. Indignado com a situação, classificou a diferença como “uma vergonha” e defendeu que os agricultores devem se unir para evitar prejuízos ainda maiores.
O vereador sugeriu que os donos das empresas passassem um ano trabalhando nas lavouras para entenderem de perto as dificuldades enfrentadas pelos produtores. Como medida de pressão, orientou os agricultores a resistirem e a não venderem seus produtos pelos preços baixos atualmente oferecidos. “Os produtores devem esperar para vender e não aceitar as condições impostas pelas empresas”, aconselhou.
A fala do vereador reforça o clamor dos agricultores por melhores condições de negociação e valorizacão do seu trabalho, destacando a importância da organização da classe para garantir preços justos e dignidade no campo.