sexta-feira, maio 9, 2025
InícioEdição em TextoTRAGÉDIA NO RS: Mortes no Rio Grande do Sul aumentam para 154

TRAGÉDIA NO RS: Mortes no Rio Grande do Sul aumentam para 154

Mais de 90% das cidades gaúchas foram afetadas pelas fortes chuvas

- Publicidade -

 

O número de mortes confirmadas no Rio Grande do Sul subiu para 154 em consequência dos temporais que atingiram o estado desde o fim de abril, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil nesta sexta-feira, 17. Neste momento, 98 pessoas continuam desaparecidas e há 806 feridos.

O número de pessoas fora de suas próprias residências devido às cheias dos rios já ultrapassou 618,3 mil, sendo 540.192 desalojados, que são aqueles que tiveram de sair de seus lares e estão acolhidos em casas de familiares, amigos ou conhecidos. O restante, de acordo com o monitoramento atualizado diariamente pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul (78.165 pessoas), vive temporariamente em um dos mais de 875 abrigos cadastrados no estado. O número de atingidos também aumentou para 2.281.830 pessoas, ou 20,95% dos 10,88 milhões de habitantes do estado.

- Publicidade -

Até o momento, 82.666 pessoas foram resgatadas por helicópteros, agentes de segurança e barcos oficiais ou de voluntários. O boletim da Defesa Civil contabiliza ainda o resgate de 12.108 animais silvestres e domésticos, que foram salvos.

As chuvas afetaram nove em cada dez municípios gaúchos. De acordo com o último boletim, 92,75% (461) dos 497 municípios do Rio Grande do Sul tiveram suas rotinas impactadas pelos eventos climáticos.

Bombas para drenagem de água da enchente

- Publicidade -

O nível do Rio Guaíba, em Porto Alegre, chegou a 4,98 metros na manhã desta última sexta-feira, 17. Desde a última segunda-feira, 13, vinha registrando níveis superiores aos 5 metros. A demora para a água da chuva baixar em cinco cidades da Região Metropolitana (Porto Alegre, Canoas, Guaíba, Eldorado do Sul e São Leopoldo) deverá ser solucionada nos próximos dias.

O governo federal anunciou nesta sexta-feira, 17, a transferência de 27 bombas de outros estados ao Rio Grande do Sul para retirar a água da Região Metropolitana de Porto Alegre. São 18 bombas de São Paulo da Sabesp, 8 do Ceará e 1 de Alagoas, que faz a transposição do rio São Francisco.

As bombas de escoamento da Sabesp têm a capacidade de transferir cerca de mil litros de água por segundo de um local a outro. Do conjunto de 18 bombas, quatro delas serão transportadas por aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e as outras 14 serão levadas pelas rodovias, com apoio do Exército. Os equipamentos que irão auxiliar na drenagem das cidades começaram a chegar nesta sexta-feira, 17, a Canoas e Porto Alegre. As águas serão encaminhadas, de forma gradativa, para a bacia do Rio dos Sinos e para o Guaíba.

Além dessas, duas bombas usadas na irrigação da plantação de arroz foram emprestadas por produtores, uma de 500 litros por segundo e outra de 800 litros por segundo. Elas estão auxiliando na drenagem da água represada na capital.

RS anuncia R$ 12 bilhões para reconstruir o estado após as chuvas

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou nesta sexta-feira, 17, a criação do Plano Rio Grande, iniciativa estadual destinada a reparar os danos causados pelas consequências das fortes chuvas que atingiram o estado nas últimas semanas.

Segundo Leite, o projeto é abrangente e destinado “à reestruturação e reconstrução do estado”, e exigirá a união de amplos setores da sociedade, além do apoio federal e da coordenação de esforços. “Vamos ter o alinhamento das ações em cada uma das secretarias, mas haverá nesta secretaria um escritório de projetos. E caberá a ela promover o alinhamento e a transversalidade dos projetos com as secretarias finalísticas”, detalhou o governador.

Para garantir a efetividade das medidas, será criado o Fundo Plano Rio Grande (Funrigs), com um aporte inicial de R$ 12 bilhões provenientes do valor que o estado pagaria de dívidas com a União. O fundo também poderá receber recursos federais e emendas parlamentares.

O Plano Rio Grande prevê ações em três frentes. Uma, de trabalho emergencial, com ações focadas no curto prazo, prioriza a assistência social, como o atendimento às pessoas afetadas pelas chuvas, especialmente as mais de 78 mil que precisaram deixar suas casas e buscar refúgio em abrigos públicos ou de entidades assistenciais. A segunda frente, de reconstrução, envolve ações de médio prazo, como empreendimentos habitacionais, obras de infraestrutura e iniciativas que promovam a atividade econômica gaúcha. E a terceira prevê ações de longo prazo, como um plano de desenvolvimento econômico mais amplo, que será coordenada pelo próprio governador.

Caixa libera saque calamidade do FGTS

O saque calamidade é uma modalidade de saque prevista na Lei nº 8036/90 em face da urgência e gravidade decorrente de desastre natural que atingiu a residência do trabalhador de forma parcial ou total. A solicitação de saque deve ser realizada em até 90 dias da publicação da portaria do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional do Governo Federal que reconheceu a Situação de Emergência ou o Estado de Calamidade Pública no município. O valor será equivalente ao saldo existente na conta vinculada, na data da solicitação, limitado à quantia correspondente a R$ 6.220.

Saiba mais

Qual valor pode ser resgatado? O valor do saque será equivalente ao saldo existente na conta vinculada, na data da solicitação, limitado à quantia correspondente a R$ 6.220.

Quem tem direito ao saque? Somente o trabalhador que teve residência danificada/destruída pelo desastre natural, desde que possua saldo em conta vinculada de FGTS, e apresente comprovante de residência em seu nome da moradia que teve dano.

Como solicitar o saque? Para solicitar o Saque do FGTS calamidade através do APP FGTS.

- Publicidade -
MATÉRIAS RELACIONADAS
- Publicidade -

ÚLTIMAS