Com a chegada da Páscoa, as vitrines se enchem de ovos de chocolate e pelúcias de coelhinhos. Para muitos, esse é um tempo de celebração familiar e troca de presentes. Mas há quem questione: será que o verdadeiro significado da Páscoa está sendo esquecido?
A música “Não Foi o Coelhinho”, interpretada pela cantora gospel Mara Lima, reacende esse debate com versos diretos e reflexivos. A canção deixa claro o ponto de vista cristão sobre a data: a Páscoa é, antes de tudo, uma celebração da morte e ressurreição de Jesus Cristo.
“Não foi o coelhinho que morreu na cruz.
Quem foi crucificado foi o meu Jesus.
(…) Domingo de manhã Ele ressuscitou.”
A letra destaca o contraste entre o simbolismo bíblico da Páscoa e os elementos comerciais que dominam a celebração nos dias de hoje. Para muitos cristãos, essa música serve como um chamado à conscientização, especialmente para as novas gerações, que muitas vezes associam a data apenas aos ovos de chocolate.
Além da versão de Mara Lima, a mensagem também ganha espaço no universo infantil com a música “Não Foi o Coelhinho Quem Morreu na Cruz”, interpretada por Quelly Silva. De forma lúdica e acessível, a canção busca ensinar às crianças o verdadeiro propósito da Páscoa cristã.
Um lembrete entre doces e pelúcias
Especialistas em teologia e educação religiosa destacam que tradições como o coelhinho e os ovos de chocolate podem coexistir com o significado cristão da Páscoa — desde que haja espaço para reflexão e ensino sobre o sacrifício de Cristo.
A música, nesse contexto, torna-se um recurso poderoso de evangelização e resgate dos valores religiosos. “É um chamado à lembrança”, diz a pastora Elaine Souza, de São Paulo. “Em meio ao consumo, precisamos lembrar do Cordeiro.”
A Páscoa, afinal, é sobre vida nova — e, para muitos, isso começa com a cruz e o túmulo vazio.