quinta-feira, fevereiro 13, 2025
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Dia dos Professores (assim, com letra maiúscula) – Breno Pires

Bom dia amigos leitores

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* Dia dos Professores (assim, com letra maiúscula)

Foi esta semana, na terça-feira.

Dia de muitas comemorações, dia de festividades e homenagens, muito mais do que merecidas, mas também dia de reflexão, de mobilização, de avaliação do papel absurdamente imprescindível desse profissional, certo?

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Sempre que alguém (que não é da área da educação) se dispõe a fazer um agradecimento ou parabenizar os professores, eu digo que uma das maiores homenagens que poderia ser feita era essa pessoa passar dois ou três dias na rotina profissional de um professor. Somente assim poderiam ter uma ideia (mesmo que ínfima) do papel e da importância desse profissional e que, então, tais homenagens e reverências seriam mais do que legítimas.

Passado o Dia do Professor e a rotina, para muitos, volta a ser a mesma de sempre: um profissional de somenor importância ou importância relativizada, detentor muito mais de deveres do que de direitos, que tem que se submeter às ordens (e desordens) da mantenedora, da equipe diretiva (e eu já fui diretor de escola, sei como funciona), tem que baixar a cabeça para mandos e desmandos de pais “para evitar conflitos” e tem que tratar os alunos como bibelôs de delicadeza infinda, pois qualquer coisa que façam ou digam, que não seja do agrado de uns ou outros, pode significar “falta de aptidão, de empatia, de consideração”, quando não desrespeito, ofensa a direitos, preconceito, humilhação, esquecendo-se muitos que o estudante e seus pais também têm deveres na mesma proporção que têm direitos. Não que isso não ocorra, claro, mas infelizmente tem-se observado que as regras estão se tornando exceções, e as exceções estão virando normas de conduta e leis…

Mas quem disse que ser professor é fácil? Se o fosse, qualquer um seria…

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* De algumas homenagens ou “não nos deixemos enganar…”

No Dia do Professor muitas foram as homenagens. Todas merecidas, claro, mas nem por isso livre de uma “análise” um pouco mais crítica.

De todos os que prestaram sua homenagem não posso deixar de destacar aqueles que, a cada quatro anos, vão bater em nossa porta, apertar nossa mão e pedir o nosso voto, ou seja, nossos amigos políticos.

Onde andam nossos deputados federais e senadores que não conseguem fazer com que nossos governos desenvolvam políticas educacionais de Estado (e não apenas de governo) que promovam a educação no sentido de buscar uma qualidade de fato e de direito e não apenas de aparência?

E nossos deputados estaduais que muito pouco se irresignam quando as legislações funcionais dos professores são “reinterpretadas” e reanalisadas à luz de novas ideias, sendo nesses casos, via de regra, os deveres maximizados enquanto que os direitos são relativizados e minimizados? Estou aguardando esses nossos representantes virem daqui há dois anos…

Da mesma forma nossos vereadores… Quais deles levantaram a voz na tribuna para defender o Plano de Carreira dos professores municipais que se encontrava sob séria ameaça de reforma muito mais no sentido de retrocesso do que de avanço e desenvolvimento? Quais deles foram realmente atrás das origens dessas mudanças propostas que, hoje sabemos, se mostraram infundadas e descabidas e, fazendo isso, usaram de seu poder deliberativo e fiscalizador para pressionar o Executivo em sentido contrário à sua disposição?

Pois é… Como eu disse, todos os lauréis são justificados e importantes e merecem nosso honesto agradecimento; apenas não devemos fazer crer que nossa memória e nosso senso crítico são falhos, certo amigo leitor?

* Por falar em educação…

Ouço que o governo do estado quer implantar o uso de uniformes em toda rede estadual…

Que bela e louvável iniciativa.

Sempre me debati por essa medida, pois o uso de uniforme pelos estudantes, além de fazer isso mesmo que o nome se propõe, isto é, uniformizar, acaba por criar e desenvolver uma ideia de pertencimento, de identificação e de comprometimento do aluno com sua unidade escolar.

Mas por incrível que pareça, já se ouviu manifestações em sentido contrário, por alunos, pais e, creia-se, professores. O maior argumento que usam, e que na minha humilde leitura dos fatos não se sustenta, é que a uniformização cria um retrocesso social na medida em que priva o estudante e suas famílias de autonomia e direito à individualidade…

Felizmente a maioria dos agentes envolvidos nos processos educacionais estaduais são a favor da iniciativa… Como já o são escolas municipais e escolas da rede privada.

* Outra medida, essa porém mais polêmica

Também sei que há grande esforço por parte da União, dos estados e do município em implantar, de forma definitiva e em âmbito geral, isto é, também para o ensino médio, a formatação das escolas em turno integral.

Eis aí assunto muito delicado, que tem que ser muito discutido e debatido, principalmente com os principais agentes da escolarização, quais sejam, a comunidade escolar e os alunos.

Como o amigo leitor bem sabe, já me manifestei, em diversas oportunidades, por ser a favor do turno integral. Porém, desde que sua implantação tenha sito feita de forma racional, lógica e ouvidas todas as partes envolvida nos processos de aprendizagem, e quando eu falo todas as partes me refiro a todas mesmo: alunos, pais, comunidades, professores, funcionários, equipes diretivas e mantenedoras…

É tarefa árdua… porém, e sempre há poréns, acredito ser um processo sem volta…

* Ainda no Dia 15

O governo do estado anunciou que serão retomadas as promoções funcionais previstas no Plano de Carreira dos Professores estaduais a partir dos critérios estabelecidos na Lei 6672/74, a famosa “meia-meia-sete-dois”.

Ótima inciativa, pois o processo de promoções está defasado, conforme o próprio governo estima, em mais de 10 (dez) anos. Não é uma Brastemp, kkk, mas é melhor do que lavar roupa na sanga (ahahahahaha, essa foi boa, ahahahahah). Claro que os professores sempre ficam apreensivos quando um direito está para lhes ser atribuído ou cumprido… A esmola sempre vem acompanhada de “boas” intenções, ahahahahah.

Melhor do que isso, só se o governo federal promovesse a revisão das famigeradas alíquotas do IR – Imposto de Renda. Mas daí é querer muito, certo? Ou não?

* E ficamos assim…

A todos colegas Professores, assim, com P maiúsculo, meu carinho, minha admiração, minha gratidão e meu respeito, pois tenho certeza que são os profissionais mais especiais que existem no mundo. Ninguém seria alguém sem vocês (sem nós).

Bom fim de semana e até à próxima, se Deus quiser.

PS: o amigo leitor gostou dos enfeites das ruas de Santa Cruz do Sul para essa edição da Ocktoberfest? Mesmo eu não gostando, bora cair pra dentro, ahahahahah!!!

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