A Comissão Representativa de Asfaltamento da ERS-244 deu um novo passo na tentativa de alterar o traçado original da rodovia. Em requerimento protocolado junto ao Ministério Público, o presidente da comissão, Vilmar José Schimuneck, solicitou o apoio do órgão para intervir junto aos responsáveis pelo projeto da rodovia, buscando viabilizar uma nova proposta que utilize estradas já existentes e beneficie um número maior de municípios.
A proposta encaminhada defende que o traçado da ERS-244 seja redirecionado para ligar a RS-287, no trevo de Venâncio Aires, passando pelas localidades de Várzea dos Camargo, Passo da Mangueira e Cerro Alegre Baixo, até alcançar a BR-471, no Distrito Industrial de Santa Cruz do Sul. Segundo a comissão, essa alternativa, além de mais econômica, traria vantagens técnicas e logísticas para a região.
Vilmar argumenta que o traçado original é contrário ao interesse público, pois prevê a construção de novos trechos sobre áreas particulares, o que implicaria altos custos com desapropriações e a necessidade de obras de infraestrutura complexas, como a instalação de galerias pluviais. Já o trajeto alternativo aproveita vias já consolidadas, reduzindo significativamente os investimentos necessários.
“A base do asfalto já está praticamente pronta nas estradas sugeridas, o que significa economia de recursos públicos, que são escassos e precisam ser aplicados com responsabilidade. A alteração traz melhorias à qualidade de vida da população, reduz o tempo de execução da obra e favorece a logística da produção agrícola da região, especialmente de culturas como o fumo, a soja e o arroz”, afirma Vilmar.
A comissão também destaca que, enquanto o traçado atual favorece diretamente apenas dois municípios – Vale Verde e Venâncio Aires –, a nova proposta contempla quatro: além dos dois já citados, também seriam beneficiados Passo do Sobrado e Santa Cruz do Sul. A mudança encurtaria distâncias estratégicas e ampliaria o impacto positivo do projeto para toda a região.
O grupo agora aguarda a manifestação do Ministério Público e espera que a promotoria de justiça possa contribuir com a promoção de estudos de viabilidade técnica e financeira da proposta apresentada. “A união de esforços é essencial para garantir que esse projeto avance com eficiência e justiça para todos os municípios envolvidos”, conclui Vilmar.