sexta-feira, maio 3, 2024
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Colheita do milho é oficialmente aberta no RS

Cultura é produzida em 485 municípios gaúchos

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Rosibel Fagundes

Aberta oficialmente na última terça-feira, 27, na Agropecuária Canoa Mirim, localizada no município de Santa Vitória do Palmar, na região Sul do estado, a Colheita do Milho no Estado do Rio Grande do Sul representa um marco para a cultura que é de extrema importância, tanto para a alimentação humana, quanto para a alimentação animal.
Produzido em 485 municípios gaúchos, a colheita do milho para a atual safra está estimada em 5,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 44%, comparado com a produção de 3,7 milhões de toneladas produzidas na safra anterior, da qual foi bastante afetada pela falta de chuva. Os dados foram divulgados pelo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de fevereiro.
De acordo com a Regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, que engloba o Vale do Rio Pardo, a cultura do milho deve ter redução na área cultivada. O cultivo passará de 78.730 hectares para 73.475 hectares. Contudo, a produção deverá ser maior, em virtude do El Niño, que favorece a cultura e dá oportunidade à alta produtividade. A colheita do milho em grãos está estimada em 5,3 mil quilos por hectare. Um aumento de 37% em relação à safra passada, quando a colheita foi de 263 mil toneladas. A previsão para agora, é atingir 392 mil toneladas.
Na Região do Vale do Rio Pardo, o município de Venâncio Aires está entre os cinco maiores com áreas produtivas de milho no RS— são cerca de 10 mil hectares de milho em grão e outros 4 mil hectares para a silagem. Considerando um ciclo sem estiagem, a média chega a 112,5 sacos por hectare o equivalente a 6,75 toneladas. A produção em 2023, ultrapassou a média nacional que foi de foi de 105,5 sacos por hectare. Em Passo do Sobrado a área cultivada é 1,8 mil hectares e em Vale Verde, é de 350 hectares.
Em Santa Cruz do Sul, são 4,2 mil hectares destinadas ao grão. De acordo, com o chefe do escritório local da Emater, Asilo Martins Corrêa Júnior, como a maioria dos produtores faz a semeadura dos grãos após o tabaco, a área colhida até o momento é de aproximadamente 25%.
“A grande maioria do milho plantado é pós fumo, e esse vai ser colhido a partir de abril. A produtividade das lavouras até o momento é bem a baixo do esperado, problemas climáticos, principalmente excesso de chuva, doenças fúngicas e bacterianas associadas a cigarrinha”.
A escolha pelo município de Santa Vitória do Palmar, na região Sul para sediar a abertura da colheita de milho neste ano, serve para destacar o potencial do milho em terras baixas. A tecnologia sulco-camalhão tem sido fundamental, oferecendo uma zona de cultivo em solo mais descompactado e profundo, ideal para o desenvolvimento radicular das culturas. A técnica também permite a drenagem em casos de excesso hídrico e a irrigação em períodos de escassez de chuva durante o ciclo da cultura.

Preço baixo preocupa – O valor médio pago aos produtores pela saca de 60 quilos, conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, teve redução de 0,08%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 52,14 para R$ 52,10.

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