segunda-feira, setembro 16, 2024
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Inicia florescimento do trigo no RS

O florescimento do trigo no Rio Grande do Sul teve início, impulsionado pelas chuvas recentes que beneficiaram significativamente o cultivo. O plantio de 1.312.488 hectares já está concluído, e a umidade do solo, agora mais equilibrada, tem favorecido o manejo da adubação nitrogenada, promovendo o crescimento das plantas e o desenvolvimento das folhas. A maioria das lavouras encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo, enquanto 2% já estão em florescimento. A produtividade estimada para esta safra é de 3.100 kg por hectare.

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As condições climáticas, com dias ensolarados após as chuvas, permitiram que o plantio fosse concluído dentro do prazo estabelecido pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), até 31 de julho. As lavouras continuam saudáveis, com poucas incidências de doenças, principalmente em áreas mais úmidas. Em regiões como Ijuí, as lavouras de trigo apresentam desenvolvimento satisfatório, com plantas mais vigorosas e emissão de perfilhos dentro da normalidade.

No caso da aveia branca, as condições ambientais desde julho favoreceram a recuperação do desenvolvimento vegetativo, com melhorias visíveis nas folhas e hastes. A fertilização nitrogenada foi aplicada em parte das lavouras, e o estado fitossanitário geral é considerado bom. Estima-se que 365.590 hectares sejam cultivados, com produtividade projetada em 2.402 kg por hectare.

A canola também se beneficiou das condições climáticas, com as lavouras mais recentes apresentando bom desenvolvimento e sanidade. Já as lavouras semeadas mais cedo, em abril e maio, tiveram menor densidade de plantas devido às chuvas durante a germinação. Em Santa Rosa, as lavouras estão em diversas fases, com parte delas já em floração e outras em enchimento de grãos.

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Na produção de cevada, as chuvas leves em 4 de agosto favoreceram as atividades de manejo, especialmente a adubação nitrogenada. Na região de Erechim, 5% das áreas semeadas em maio estão em floração, e a produtividade esperada é de 3.245 kg por hectare.

Em relação às olerícolas, na região de Bagé, a oferta ainda é baixa devido ao clima adverso anterior, enquanto em Ijuí, as condições mais quentes e ensolaradas aceleraram o crescimento das plantas, especialmente das brássicas. Já em Erechim, a volta da luminosidade normalizou o desenvolvimento das culturas, com destaque para as folhosas cultivadas em sistemas protegidos.

Nas pastagens, as forrageiras mostram recuperação com uma rebrota mais rápida, e alguns produtores já preparam áreas para o plantio de forrageiras de verão. No entanto, as pastagens nativas ainda têm baixa capacidade de suporte, afetadas por geadas e pastoreio intenso. A pecuária bovina enfrenta desafios, com a perda de condição corporal dos animais devido à escassez de pastagens, o que preocupa os produtores quanto à próxima temporada reprodutiva.

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Na meliponicultura, as temperaturas mais elevadas estimularam a atividade das abelhas sem ferrão na região de Santa Rosa, com uma alta demanda por mel, que é vendido entre R$ 80,00 e R$ 100,00 por quilo.

Por fim, na pesca artesanal, as condições ainda são difíceis, especialmente na Lagoa dos Patos, onde a pesca está em defeso. Em Jaguarão e Rio Grande, os pescadores enfrentam dificuldades devido aos altos níveis de água, com relatos de baixa captura de peixes. A situação é particularmente grave em comunidades pesqueiras de Pelotas e Santa Vitória do Palmar, onde muitas famílias ainda dependem de abrigos e enfrentam dificuldades de renda.

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