Junho é mês de conscientização sobre o melanoma. Data enfatiza a importância da prevenção e detecção precoce deste câncer
O melanoma é o tipo de câncer de pele mais agressivo, em função da alta possibilidade de disseminação para outros órgãos (metástase), mesmo em fases iniciais. O mês de junho, por meio do Laço Preto, alerta para este câncer, que pode aparecer em qualquer parte do corpo, na forma de manchas, pintas ou sinais. Pintas de coloração escura e formato irregular precisam ser avaliadas por um médico especialista. São estimados quase 9 mil novos casos por ano de melanoma e cerca de 2 mil mortes.
O câncer de pele é o mais frequente no Brasil com cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. O tipo mais grave é o melanoma, que representa apenas 4% das neoplasias malignas de pele. “O melanoma tem potencial de recidiva e disseminação mesmo em fases precoces. Por isso, a necessidade do diagnóstico precoce e tratamento preciso”, salienta o oncologista do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alex Seidel.
Ele se origina nos melanócitos, células que produzem a melanina, pigmento que dá cor à pele. “O melanoma é mais comum onde há maior concentração de melanócitos, mas pode ocorrer em regiões diversas do organismo como olho, bexiga, próstata, reto, esôfago e vulva”, destacou o oncologista.
Regra do “ABCDE” do melanoma auxilia na detecção precoce:
A – Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra;
B – Bordas irregulares: contorno mal definido;
C -Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul);
D – Diâmetro: maior que 6 milímetros;
E – Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).
Detecção precoce possibilita maior chance no tratamento
Detectar este câncer na fase inicial é muito importante para um tratamento mais efetivo, e pode ser descoberto por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença. “Manchas, nevos na pele que sejam assimétricos, ou tenham bordas irregulares, ou cor que varia do castanho claro ao preto-azulado, ou com diâmetro maior que 6 milímetros, ou que tenham qualquer alteração evolutiva merecem atenção e o paciente deve procurar um especialista”, explica o também oncologista do CTCAN, Dr. Lieverson Guerra.
Cuidado com a exposição prolongada e repetida ao sol
Um dos fatores para o câncer de pele ser o mais incidente no Brasil é em função da grande incidência solar. A pele clara e o histórico familiar, aliado à falta de proteção solar da pele, também são fatores importantes. “A prevenção baseia-se em limitar a exposição ao sol usando filtro solar, roupas de mangas e chapéus de abas largas e óculos escuros. Para as pessoas com nevos ou fatores de risco é indicado avaliações periódicas e mapeamento das lesões”, destaca Guerra.