LUTO
Almira Terezinha Sehnem, atualmente era voluntária e ajudava na organização do altar e dos eventos no salão paroquial
Rosibel Fagundes
Faleceu na última segunda-feira,17, no Hospital Santa Cruz, Almira Terezinha Sehnem, 78 anos. Mira como carinhosamente era conhecida, foi uma pessoa muito importante na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, de Passo do Sobrado — por 42 anos dedicou-se a comunidade, fazendo dela a extensão do seu lar. Primeiramente como funcionária, onde atuou até se aposentar, e após como voluntária, como explica o pároco, Pe. José Inácio Stratmann.
“Ela amava a igreja dela, amava o trabalho que estava fazendo. Ela não foi uma empregada lá na Paróquia, ela foi uma servidora da igreja. No início ela foi funcionária, fazia a limpeza e depois que se aposentou e continuou com vínculo empregatício por mais um período, até que um dia ela chegou e pediu demissão, disse que queria continuar a trabalhar e a servir a igreja, mas sem receber nada em troca”, esclarece.
Stratmann que é sacerdote da paróquia pela segunda vez, a primeira de 1977 a 1979, e a segunda desde 2015, conta que Mira foi admitida em 1981, pelo então pároco da época, Pe. Nelson Beuren. Segundo ele, nos últimos anos, Mira se dedicava a arrumar a igreja e aos trabalhos no salão paroquial. Ele lamenta a morte da servidora.
“Ela foi uma mulher extraordinária, apesar de tudo que todo mundo a conhecia, ela conhecia todo mundo. Ela era envolvida com as festas, limpava a igreja, limpava o salão, organizava e deixava o altar em dia. Vai deixar saudade”, afirma.
Da mesma forma a secretária da paróquia, Gisselda Kroth, ressaltou a relevante atuação da ex-colega de trabalho e amiga, Mira.
“Ela era a pessoa de mais confiança que poderia ter dentro da paróquia. Ela gostava de se envolver e de participar, não queria ficar fora de nada. Era muito alegre e disposta, uma pessoa sensacional”, esclarece.
Aprendeu a servir à Igreja, com a tia
Natural de Rincão de Nossa Senhora, interior Passo do Sobrado, Mira era filha de Wilma e Alfredo José Sehnem. Era a mais velha dos dez filhos do casal. Ela era solteira e residia sozinha na área central da cidade. A dedicação em servir a igreja, segundo o irmão Miguel, ela herdou de uma tia.
“Tínhamos uma tia por parte de pai que era muito atuante na igreja e foi aí que ela começou a desenvolver o gosto de também poder ajudar. Começou bem cedo. Mira era muito participava, e se tinha uma festa na comunidade lá estava ela, fazia tudo com amor pela igreja”, afirma o irmão.