O Poder Judiciário aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) contra 20 pessoas envolvidas em um esquema que causou prejuízo estimado de mais de R$ 47 milhões aos cofres públicos de Santa Cruz do Sul. Os crimes, que geraram riscos até para pilotos da Stock Car Brasil, são de organização criminosa, peculato e fraude em licitações.
A Justiça ainda determinou a prorrogação dos afastamentos de três agentes públicos, que já estavam afastados cautelarmente desde novembro do ano passado. Entre os denunciados, que agora são réus, estão o vice-prefeito da cidade, um vereador, quatro ex-secretários, quatro ex-diretores de secretarias municipais, bem como empresários e funcionários, seis ao todo. Os crimes foram cometidos entre dezembro de 2020 e novembro de 2023.
Mesmo após a denúncia, seguem as investigações em relação ao grupo por outros delitos que supostamente cometeram. Os promotores de Justiça João Beltrame, coordenador do Núcleo Central do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO); Flávio Passos e Érico Barin foram os responsáveis pela denúncia oferecida à Justiça, que tem mais de 200 páginas. Na denúncia, constam crimes que envolvem a pavimentação e a reforma do Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul. O MPRS apurou que a obra foi fraudada e superfaturada, além de ter sido realizada com material inadequado, colocando em risco a segurança de pilotos da etapa da Stock Car Brasil em novembro de 2022.
