quarta-feira, outubro 9, 2024
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Patronos homenageados: uma vida dedicada ao tradicionalismo

Patronos homenageados: uma vida dedicada ao tradicionalismo

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Arno Lopes (In memoriam), nasceu em 29 de outubro de 1944, em Rio Pardo. Era filho de Nelcio Lopes de Moura e de Maria Gabriela de Moraes Lopes. Cresceu na localidade de Cerro Alegre Baixo, atualmente, Município de Santa Cruz do Sul e aos 13 anos, mudou-se para Passo do Sobrado onde aprendeu a profissão de Marceneiro com os Senhores Benno Krombauer e Balduino Kaufmann. Adorava carreteiro, mocotó, sopas, ensopados de pintado e jundiá, peixe frito, entre outras. Conheceu a jovem Lizelote Tietze Lopes, e após quatro anos de namoro, em 1974, se casaram. Da união, tiveram dois filhos: Fabiana Lopes e Nelso Rodrigo Tietze Lopes, mais conhecido por Lambari. Lambari é casado com Carolina Toillier com quem tem dois filhos: Humberto Toillier Lopes e Rebeca Toillier Lopes.

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Arno Lopes é lembrado por sua grande participação nos eventos realizados pela Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Ele também gostava de frequentar a igreja e participar da missa. Era um colaborador assíduo das quermesses.

No tradicionalismo gaúcho, teve grande atuação nas atividades do CTG Estância do Sobrado, onde ele foi um dos fundadores e tesoureiro da entidade. Ao lado da esposa, era frequentador assíduo dos fandangos e rodeios. Os filhos recordam que o pai sempre foi um grande apoiador e incentivador dos jovens participantes da Invernada Artística do CTG Estância do Sobrado e, na grande maioria das vezes, era o casal que levava os componentes da invernada para as apresentações e participações nos fandangos, criando belíssimos vínculos de amizade. Os valores transmitidos para seus filhos foram de educação, respeito, honestidade e amizade. Um dos maiores talentos foi a arte da marcenaria. Através da profissão de Marceneiro garantiu o sustento de sua família e conquistou seus bens, de forma honesta e dedicada e acabou transmitindo a profissão para seu filho.

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Também homenageada nos Festejos Farroupilhas, Eva Marilene Lopes Bandeira, nasceu em 30 de dezembro de 1956, em casa, na localidade de Passo da Mangueira, na época, município de Rio Pardo. É filha de Eloy Guterres Bandeira e de Cecilia Ernestina Lopes Bandeira.  Ela conta que seu avô, Antônio Joaquim Lopes, era um grande proprietário de terras e que tinha muitas cabeças de gado e ovelhas, sendo que desde criança se criou na lida do campo, ajudando seu pai e seu avô. Aos quatro anos de idade, já andava a cavalo, e com onze, já laçava. Quando criança, frequentou a Escola Nossa Senhora da Saúde e adorava a escola. Era inteligente, tanto que seu sonho era de ser professora, mas teve que mudar os planos no “ginásio”, quando o pai ficou doente e ela teve que retornar para Rio Pardo, para ajudar a família. Aos 26 anos, conheceu Roni Romeu Preuss, com quem namorou e se casou. O casal residiu por algum tempo no centro de Passo do Sobrado e após, em Santa Cruz do Sul. Em 2001, retornou para Passo do Sobrado, construiu uma casa na localidade de Passo da Mangueira, em onde vive até hoje. Dessa união, tiveram um único filho — Salo Bandeira Preuss, advogado, casado com Daien Crist Baierle, com quem tem dois filhos:  Sofia Baierle Preuss e Pedro Joaquim Baierle Preuss. Além do filho Salo, ela tem duas enteadas: Sabrina Preuss e Sula Preuss Helfer. Sula é casada com Fabio Helfer, com que tem dois filhos: Artur e Helena Preuss Helfer.  Eva e o marido Roni, viveram juntos por 35 anos. Em 25 de julho de 2021, Dia do Colono e Motorista, ele faleceu vítima de câncer.

No tradicionalismo, Eva teve presença marcante. Foi sócia fundadora do CTG Gaudérios da Querência em 1979, tendo sido a primeira secretária do CTG e a pessoa responsável por redigir a ata de fundação. Foi nomeada naquela época 1ª prenda da entidade, sendo também a 1ª prenda da história do CTG. Participou ativamente em diversas patronagens, fazia na época serviço braçal, montava e vendia rifas, ajudava em todas as frentes. Participou de Ciranda Regional de Prendas, representando o CTG, acompanhava os rodeios e representava o CTG Gaudérios da Querência dançando nos “bailes na mangueira”, afim de conseguir prêmios para a entidade.

“Lembro do primeiro rodeio, da construção da mangueira, onde durante todo o tempo de construção auxiliava a fazer comidas, as quais eram feitas na trempe. Fui uma grande incentivadora a trazer artistas de renome na época, onde junto com a patronagem trouxeram o Gaúcho da Fronteira, Os Três Xirús, Leonardo, dentre outros”, conta.

Em 27 de fevereiro de 2016, recebeu da 5ª Região Tradicionalista do MTG a “Menção Honrosa Luís Carlos Durante”, e, em 17 de setembro de 2017, foi agraciada pelo CTG Gaudérios da Querência com “Menção Honrosa”, pelos relevantes trabalhos voluntários prestados a entidade durante os 38 anos de fundação. Tem como filosofia de vida, a fé e o amor pela família. Tem como valores pessoais a preservação da cultura, o respeito, o amor ao próximo, valores que passou ao seu filho e está passando aos netos. “Gostaria de ser lembrada, como uma pessoa de bem, correta, honesta, que ama o Rio Grande do Sul, cultiva bons valores e ama a família acima de tudo”, finaliza.

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