Bom dia amigos leitores
* OSCAR 2025
Demonstrando a boa qualidade da sétima arte brasileira o filme de Walter Salles “Ainda estou aqui” foi indicado a concorrer em três categorias no maior prêmio do cinema mundial, o Oscar: Melhor Filme, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz para Fernanda Montenegro.
* Oportuna (e necessária) mudança
Acompanhando os estudos da filha no esforço de fazer sua primeira Carteira Nacional de Habilitação – CNH, notei que a legislação de trânsito brasileira mudou uma terminologia em todas suas normas: a expressão “acidente de trânsito” foi substituída por “sinistro de trânsito”. Agora, muitos fatos que eram concebidos como “acidente” não são mais. E isso não é apenas uma questão de semântica…
Essa substituição de nomenclaturas, de “acidente” por “sinistro”, era uma reivindicação antiga de especialistas brasileiros em questões de trânsito e até pela sociedade de uma forma geral. E vem em boa hora.
* Definições
Acidente é, de uma forma geral, um acontecimento casual, fortuito ou inesperado, que envolva dano, sofrimento, perda ou morte. Acidente de trânsito é, por óbvio, esse acontecimento, mas envolvendo questões de trânsito.
Já o sinistro de trânsito é, conforme o Código de Trânsito Brasileiro, todo evento que resulte em dano ao veículo ou à sua carga e/ou lesões a pessoas e/ou animais, e que possa trazer dano material ou prejuízos ao trânsito, à via ou ao meio ambiente, em que pelo menos uma das partes está em movimento nas vias terrestres ou em áreas abertas ao público”.
* O que muda na prática.
Me parece que uma das principais consequências dessa mudança de terminologia é a forma de vermos e abordarmos legalmente os incidentes ocorridos no trânsito.
Muitos desses incidentes que antes eram vistos e tidos como “acidentes” não eram “acidentes”, criando uma visão distorcida dos mesmos. E essa visão distorcida acabava por beneficiar os infratores. Explico com exemplos.
Um motorista que ultrapassa um veículo na faixa contínua de uma rodovia, caso bata em outro veículo não está causando um acidente, pois seu ato, ultrapassar em faixa contínua, não causou um acontecimento fortuito ou casual. Ele assumiu o risco de causar o dano, que agora é visto como “sinistro”.
Da mesma forma aquele motorista que conduz veículo após beber bebida alcoólica, e se envolve em um dano de trânsito, este não causou um acidente, pois assumiu o risco do “sinistro”, o que não pode ser considerado um mero acontecimento fortuito.
Tal raciocínio também vale para uma gama enorme de situações de trânsito: uso de celular ao volante, excesso de velocidade, falta de cuidado e manutenção de veículos, desrespeito às regras de trânsito, pedestres que não respeitam os semáforos, etc.; nenhuma situação que envolva essas e outras questões pode ser enquadrada como “acidente”.
Como eu disse, está na hora de as pessoas passarem a ver suas ações no trânsito com mais responsabilidade, respeito e educação, certo amigo leitor?
* Por falar em educação…
Boa crítica
Semana passada escrevi sobre Educação.
Entre os pontos abordados, estava uma análise sumária sobre a proposta do governo do estado em ampliar, já em 2025, o sistema de progressão escolar aos alunos que reprovarem em até duas disciplinas em uma ou duas áreas de conhecimento.
Daí que um leitor se manifestou: tu fala que defende a educação de qualidade, tu diz que os governos são inoperantes ou incompetentes para buscar essa educação, mas quando o governo faz alguma coisa tu é um dos que critica…
Manifestação muito bem vinda, claro, pois se meu ponto de vista não foi compreendido, é sempre bom termos a oportunidade de buscar o esclarecimento.
* O sistema de progressão
É uma boa alternativa para ampliar e qualificar o aproveitamento escolar, desde que o processo onde ele se inclua permita aos alunos a recuperação eficiente dos conteúdos em que foram reprovados e que estarão “repetindo” no ano seguinte. E é justamente aí que está o problema ou o “xis” da questão e motivo da minha crítica.
A forma pelo qual o sistema está sendo ampliado, e principalmente a partir da fala da Secretária de Educação, mostra muito objetivamente que estamos diante de uma proposta que será implantada sem que haja respostas para muitos dos questionamentos apresentados sobre o efetivo aproveitamento do mesmo. Assim, diante de tantas dúvidas que não foram satisfatoriamente esclarecidas ficamos com a impressão de que o sistema de progressão pode se transformar, de um bom instrumento de aprendizagem, em algo ineficiente e de resultado não apenas superficial, mas muito, muito ruim.
Infelizmente ficou um sentimento de que o governo quer fazer algo que julga bom, e é, mas não tem a menor ideia de como fazê-lo. E daí que esse remédio pode fazer mais mal do que bem.
Simples assim!
E obrigado ao leitor pela manifestação.
* E o Colorado, hein?
Começou o Gauchão e, ufa!, conseguimos garantir um estupendo empate com o poderoso Guarany de Bagé… Sei não, mas acho (de achismo) que nosso ano futebolístico será do tipo Sagradas Escrituras: choro, ranger de dentes e muito cheiro de enxofre, ahahahahahah. Quem viver, verá! Ahahahahahah.
*Utilidade pública
Começaram hoje as inscrições para o PROUNI – Programa Universidade para Todos, programa do Governo Federal do Brasil com o objetivo de conceder bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de ensino superior.
Vai lá amigo leitor e faça jus a seu direito.
Semana que vem vamos conversar sobre a bagaceirada?
Bom fim de semana e até à próxima, se Deus quiser.
PS. O que me dizem do calor? Parece verão, né? Ahahahahahahah