A Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), recebeu na manhã desta terça-feira, 13, o ministro-relator das enchentes ao Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes. O ato, realizado no dia do aniversário de 64 anos da entidade, serviu para informar aos prefeitos presentes que o órgão de controladoria da União acompanha a situação dos municípios gaúchos atingidos pelas enchentes entre abril e maio de 2024.
Conforme Nardes, sua vinda ao Rio Grande do Sul cumpre uma agenda técnica junto ao TCU. “Eu sou o relator que acompanha a situação do pós-enchente no Rio Grande do Sul, ano passado, por esta época, estive em contato com vários prefeitos da região e agora estamos acompanhando a situação, um ano depois. Vim saber pessoalmente o que foi efetivado de repasse da União e do Estado para as prefeituras”, confirma o ministro. Segundo o relator, há um problema sério de governança junto aos governos do Estado e na própria União, situação que compromete o auxílio correto aos municípios atingidos pela tragédia do clima do ano passado.
Ainda no que se refere à gestão e as estratégias de governança, estas dirigidas aos gestores municipais da Amvarp, o ministro Nardes disse que as prefeituras precisam estar atentas ao uso de inteligência artificial, como ferramenta de ampliar a gestão e eficiência do setor público. “O uso desta tecnologia traz hoje uma entrega de maior qualidade, ampliando a capacidade do servidor em realizar as suas tarefas. Em um município, além do legado que um prefeito deixa, ficam os projetos de futuro, e este pode ser um destes”, recomenda Augusto Nardes.
O presidente da Amvarp Nestor Ellwanger (o Rim), agradeceu a disponibilidade do ministro, na agenda especial junto aos prefeitos associados. Exatamente no dia que a Amvarp comemora 64 anos, sendo uma das primeiras associações de municípios do País, a data torna-se, segundo ele, ainda mais importante. “Desde 1960, temos sido uma força coletiva em prol do desenvolvimento regional. Agradeço aos ex-presidentes, prefeitos, servidores e parceiros que contribuíram com essa história. Os desafios continuam, mas seguimos firmes, com diálogo, inovação e compromisso com a população”, disse.
Modelo internacional de boas práticas
Ainda na audiência com o ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes, o Comitê Pró-Clima apresentou as ações criadas para fazer frente à adaptação e resiliência climática no pós-enchente na região. O vice-presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Jarbas da Rosa, entregou o Caderno de Projetos que foi elaborado para captação de recursos. “Está aqui o fruto do nosso trabalho, que já foi apresentado até mesmo no exterior, durante a realização da COP-29, no Azerbaijão”, cita o vice, a ressaltar que as propostas foram apresentadas na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), ainda no ano passado.
Ao lado dos prefeitos e gestores, o ministro elogiou a iniciativa, classificando as ações do Comitê Pró-Clima como “boas práticas” de governança regional. “A questão climática é um tema que trabalhamos em nível de Brasil, fazendo uma auditoria do clima e este documento que o Cisvale apresenta pode servir de exemplo de boas práticas a todo o Brasil e até em nível internacional, na linha das políticas preventivas”, defende Nardes.
