Empresários, comerciantes e prestadores de serviços de Passo do Sobrado, através do seu grupo de WhatsApp, iniciaram na última quinta-feira, a se manifestarem sobre as medidas restritivas e o fechamento do comércio local.
A proposta tem gerado discussão pelo país e dividido opiniões. Há quem defenda as restrições, como forma de preservar a saúde dos colaboradores e evitar o contágio da população, e quem apoie o afrouxamento, para reaquecer a economia.
Em Passo do Sobrado, não é diferente, o fechamento de empresas também divide opiniões.
No grupo muitos empresários, avaliam que as medidas de prevenção tomadas são importantes, mas que o isolamento deveria ser apenas para os grupos de risco. Chegaram a citar no grupo que, “estivemos contando as pessoas que passaram aqui em frente, hoje pela manhã, foram 28, destas 20 eram acima de 60 anos. O que adianta o comércio fechado e eles circulando pelas ruas, se estão preocupados com o vírus vão fiscalizar os idosos porque pelo que sei tem que estar em casa”, destacou
A grande preocupação dos empresários é que muitas pessoas que não estão em casa estão pedindo produtos para serem entregues, e como o comércio está fechado, estão indo para outros locais comprar. Outra preocupação ainda, é com o pagamento da folha dos funcionários, pois segundo eles, onde não tem vendas não tem arrecadação. Acreditam que se ficar muito tempo parado os prejuízos serão incalculáveis.
Já a empresária Vanessa Eisermann, compartilhou no grupo que, “o que algumas pessoas não estão se dando conta, é que independente de algumas decisões sobre abrir ou fechar o comércio, já estamos todos impactados. Reabrir segunda, não vai fazer com que as coisas sigam daqui para frente como se nada tivesse acontecido até então, até que talvez o vírus chegue à cidade. Reabrindo o comércio no geral, quem vai continuar comprando roupa? Para usar onde? Fazendo cabelo e unha? Para ficar em casa? As pessoas que frequentam o meu comércio por exemplo, não vão continuar com a mesma frequência. Alguns vão, outros não, mas o impacto no meu orçamento já acontece. E óbvio, vai piorar ficando parado. Cada um vai ter que fazer por si, e pensar como se reerguer ou melhorar. E não vai ser de um dia para o outro. Serviços básicos e de urgência e necessidade não sentirão tanto, mas sentirão. A questão é, até onde isso pode chegar. (tanto o vírus quanto não trabalhar). Deixar os idosos em casa, mas quantas famílias deixam as mães e pais em casa e voltam no fim do dia. (não existe isolamento nesse caso). A gente cobra medidas práticas do governo, mas creio que cada um, em seu devido comércio possa sentar e anotar para si, e depois compartilhar com os demais, quais as soluções plausíveis, práticas e cabíveis dentro da sua determinada área. Compartilhar, discutir, repostar coisas com as quais não concordamos não vai fazer com que torne tudo mais fácil. Acho que o grupo precisa de praticidade e coerência nesse momento e não se dividir em partidos políticos e simpatia. Sugiro que os comércios que são do mesmo ramo, talvez troquem mensagens entre si, discutindo ou levantando medidas práticas que talvez possam ser tomadas para que as coisas voltem devagar à rotina normal. Com certeza não cabe a nós somente, o poder público que tem a voz nesse caso, mas a diferença desse mesmo poder encontrar os empresários unidos e tendo discutido os prós e contras de algumas medidas, torna as coisas bem diferentes. Num grande grupo sempre vai haver maior diferença de opiniões. E cada comércio se difere nas necessidades e medidas a serem tomadas”, disse Vanessa.
Por sugestão de um dos integrantes do grupo de empresários, foi feita uma lista, com o nome das empresas que gostariam de retornar as atividades, a mesma será apresentada ao prefeito municipal, para que reavalie o decreto de calamidade e libere tais empresas para que retornem as atividades adotando as medidas de segurança estipuladas pelos órgãos de saúde.
O presidente da CICS-PS, Gustavo Rocha, comentou que, “vou conversar com a Comissão de crise do município, para voltarmos as atividades com as restrições conforme orientação do decreto estadual”, destacou.
A redação do jornal Gazeta Popular, encaminhou mensagem no grupo de WhatsApp, colocar a disposição dos interessados, espaço informativo nesta edição para que os mesmos informarem o horário de atendimento de seu estabelecimento, e como está sendo realizado o mesmo, durante este período de vigência do decreto municipal de Calamidade Pública.
As empresas que enviaram a resposta:
Veterinária e Pet São Francisco – atendimento com agendamento pelo telefone 51 99937-4918 – Banho e tosa fechado por tempo indeterminado
Óptica Visual – Atendimento em forma de Plantão e tele-entrega – telefone 51 996668253
A comercial weber está de férias coletivas até 06 de abril, seguindo recomendações dos órgãos de saúde federal, estadual e municipal. Após esta data irá decidir o retorno normal das atividades, sempre seguindo as mesmas orientações. Em casos de necessidade dos nossos clientes, estamos de plantão atendendo pelo telefone 99712.2415 (whatsapp).
Oficina do Gringo atendendo em regime de plantão, com hora marcada, telefone; 37301048
Agropecuária Campo do Sobrado, atendendo conforme estipula a lei. Telefone: 999138029.
Loja Certel, está com atividades paralizadas, com retorno após determinação dos órgãos oficiais. Contato 51 993668237
