O Balé (do francês Ballet) é um estilo de dança que se originou nas cortes da Itália renascentista durante o século XV, e que se desenvolveu ainda mais na Inglaterra, Rússia e França como uma forma de dança de concerto. As primeiras apresentações diante da plateia eram feitas com o público sentado em camadas ou galerias, disposto em três lados da pista de dança. São realizadas com o acompanhamento de música clássica. É um tipo de dança influente a nível mundial que possui uma forma altamente técnica e um vocabulário próprio.
Este gênero de dança é muito difícil de dominar e requer muita prática. Ele é ensinado em escolas próprias em todo o mundo, que usam suas próprias culturas e sociedades para informar esse tipo de arte.
É um estilo equilibrado de dança que incorpora as técnicas fundamentais para muitas outras formas de dança. Os princípios básicos do balé são: postura ereta; uso do en dehors (rotação externa dos membros inferiores), movimentos circulares dos membros superiores, verticalidade corporal, disciplina, leveza, harmonia e simetria.
Em Vale Verde, Eliana Cristina Hermes, de 11 anos, tem o sonho de ser uma bailarina, porém devido as necessidades da família, sem poder cursar uma escola de balé, teve de recorrer a internet para buscar conhecimento e técnicas sobre a dança.
O Sonho de Eliana, começou quando ela tinha apenas 4 anos. Na época morando no interior do Município de Vale Verde, o seu pai Valmor Miguel Hermes, por ser fã do Leonardo e do Eduardo Costa, todas as noites assistia o DVD, com a música do “cabaré”.
Segundo Eliana, “tinha as dançarinas e eu tentava imitar elas, mas já com passos de balé”, afirmou. A sua primeira roupinha de bailarina, veio de uma doação de uma amiga da sua Mãe Janete, quando ela tinha 5 anos.
Eliana destacou que sempre pensou em ser Bailarina e que vai lutar para isso, porém se não conseguir, pensa em ser médica. “Quando estávamos morando no interior sempre dançava, mas como tivemos problemas e viemos morar no centro, fiquei um bom tempo sem dançar, até tinha desistido, mas depois que olhei o filme “A Bailarina”, voltei a pensar novamente em ser uma bailarina profissional. Só que aqui, não tem professor, nem aulas de danças”, argumentou Eliana.
A menina, até agora não conseguiu fazer nenhum curso ou aula de balé, “gostaria de poder participar de uma escola de balé, mas hoje a nossa família não tem condições de pagar isso para mim. Então estou buscando novas técnicas e passos, na internet. Quando olhei e comecei a fazer a abertura das pernas, levei duas semanas para conseguir, mas já faço”, disse Eliana.
Segundo Janete, “ela com seus 4 aninhos, colocava a roupinha e tentava imitar as dançarinas”. Janete comentou que sempre teve o sonho de ter uma filha para que ela fosse bailarina. “Fiquei muito feliz em ver ela dançando, mas tivemos que vir morar aqui no centro, e até achei que ela teria desistido do sonho, mas teve um dia em que ela me perguntou se poderia ser bailarina ainda. Foi quando disse, que não tínhamos como pagar aulas para ela, mas mesmo assim não desistiu, foi pesquisar na internet e aprender novas técnicas”, disse Janete.
O Pai Valmor, disse que é um grande incentivador de Eliana, “gosto muito de ver ela dançando, desde pequenina. É muito legal ver ela fazendo os exercícios que são muito difíceis, mas ela consegue fazer bem. Sempre dei o incentivo para que tenhamos uma bailarina na família. Ela leva muito jeito. Uma pena que não temos professores de dança no município, para poder ajudar ainda mais ela, pois hoje não temos condições de pagar aulas em uma escola de dança”, disse Valmor.
Atualmente, Eliana divide o seu tempo entre os estudos, pela Plataforma educacional e em aprender e executar novos exercícios de balé. Eliana relatou que a sua maior dificuldade, é a dança sem uma sapatilha adequada. “Hoje uso uma sapatilha que tenho, mas não é a apropriada para o balé”, disse Eliana.
A família com o intuito de ajudar a menina, está vendendo uma rifa, com o objetivo de arrecadar dinheiro para compra uma roupa adequada e uma sapatilha de bailarina. “Estamos tentando vender, fizemos esta rifa para conseguir os recursos para ajudar a Eliana”, disse Janete.
O local da prática dos exercícios hoje é a pequena sala na casa em que a família mora, ao lado do Ginásio de Esportes. “As pessoas que ficam sabendo do sonho da Eliana, a incentivam e dão força, e ela gosta de dançar. Esperamos que ela realize o sonho, para que tenhamos uma bailarina aqui no Vale Verde”, finalizou Janete.