Dos treze municípios da 13ª CRS, Mato Leitão e Vale Verde apresentam maior cobertura
Rosibel Fagundes
A procura pela vacinação contra a Influenza tem baixa adesão no Rio Grande do Sul. Iniciada em 25 de março, a meta da campanha que era chegar a 90% da cobertura, no término em 31 de maio, não chegou a 50% – totalizando em 40,83%. Apesar da baixa cobertura vacinal o Ministério da Saúde não divulgou se poderá haver prorrogação de prazo.
Na 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ªCRS), até a última terça-feira, 29, 66.006 pessoas do público-alvo estavam imunizadas (ou 39,7%). Nos 13 municípios de abrangência, Mato Leitão apresentava melhor resultado —com 1.333 doses aplicadas (ou 57,2%), seguido por Vale Verde com 889 doses aplicadas (ou 46,4%). A menor cobertura vacinal foi no município de Sinimbu, com 1.195 doses aplicadas (ou 31,3%). Passo do Sobrado contabilizava 256 doses aplicadas (ou 35,9%)
Uma das responsáveis pelo Setor de Vacinação da 13ª CRS, Marlene Weber Andriolo, cita a importância da vacinação. “O objetivo é reduzir a circulação do vírus da gripe e, consequentemente, o número de hospitalizações e agravos da doença. As doses ofertadas são trivalentes, ou seja, protegem contra influenza A (H1N1 e H3N2) e o influenza B. É importante destacar que não há impedimento em receber, no mesmo dia, a vacina contra a gripe juntamente com outras vacinas”, esclarece.
Direcionada inicialmente apenas aos públicos elegíveis, como idosos, crianças (a partir dos seis meses a menores de seis anos de idade), gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades, desde abril a vacinação está disponível a toda a população. Para se vacinar é necessário levar documento com foto e a caderneta de vacinação.
RS fica fora da Campanha Nacional contra a Poliomielite
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, teve início na última segunda-feira, 27. O objetivo do Ministério da Saúde é vacinar no mínimo 95% do público-alvo, que abrange cerca de 13 milhões de crianças menores de cinco anos. De todos os estados, apenas o Rio Grande do Sul não aderiu à campanha. O adiamento foi solicitado em virtude da situação de calamidade decorrente das enchentes no Estado como explica, Marlene Weber Andriolo.
“O estado informou na última semana, que devido ao desastre climático em que muitos municípios decretaram estado de calamidade, não iremos participar da campanha de vacinação contra a poliomielite nesse momento. Em função até da própria estrutura dos municípios que não tem condições de se organizar. Ainda não há uma data definida”, afirma. A Campanha Nacional segue até o dia 14 de junho.
Contudo, a vacinação das crianças dentro do calendário vacinal de rotina, permanece. “Os pais ou responsáveis devem levar a criança com a caderneta de vacinação a uma unidade de saúde, que será verificada a situação. Crianças de 1 ano a 4 meses e 11 dias devem estar com as doses em dia. As doses são aplicadas nas unidades de saúde locais”, esclarece.
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não a paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.