terça-feira, janeiro 14, 2025
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Chuva volta e traz mais problemas de alagamentos e deslizamentos

Em Santa Cruz do Sul e Cruzeiro do Sul, pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas

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Rosibel Fagundes

A chuva e as inundações que atingem o Rio Grande do Sul há quase um mês, já provocaram a morte de 162 pessoas. De acordo com o último boletim da Defesa Civil divulgado na quinta-feira, 23, há 75 pessoas desaparecidas, 806 feridas e 653,1 mil pessoas fora de casa. Nesta semana, para complicar ainda mais o trabalho de resgate e de reconstrução das cidades atingidas, a chuva retornou ao estado. Em alguns municípios a precipitação, que começou na madrugada de quinta-feira, durante o dia, já havia atingindo a marca de 100 milímetros — equivalente à média histórica de todo o mês de maio, segundo o serviço meteorológico MetSul. A situação colocou a Defesa Civil e autoridades em alerta para o risco de grandes alagamentos e transbordamentos de rios e deslizamentos de encostas.  Acompanhe os efeitos das enchentes em alguns municípios.

Em Passo do Sobrado, a chuva forte provocou a cheia do Arroio Diogo Trilho, e consequentemente a obstrução da passagem em uma estrada em Passo da Mangueira, próximo a esse arroio, na tarde de quinta-feira, 23.

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Em Santa Cruz do Sul, foram registrados aproximadamente 116 milímetros de chuva. O volume foi suficiente para o nível do Rio Pardinho subir. No começo da noite de quinta-feira,23, a régua marcava 7,20 metros, e já estava saindo do leito. Uma parte da Rua Irmão Emílio, no bairro Várzea já está submersa. À tarde, a Defesa Civil, já havia orientado os moradores do bairro e aqueles que residem às margens do curso d’água, em Rio Pardinho, a ficarem atentos a questão da cheia e buscarem por lugares seguros. A mesma orientação foi dada aos moradores de áreas de encostas, do bairro Belvedere e Margarida, por conta da possibilidade de deslizamentos. No bairro Dona Carlota, no corredor Morsch, três famílias (9 pessoas), tiveram de ser retiradas de suas casas, devido a cheia de uma sanga que passa próximo ao local. Elas foram encaminhadas ao Pavilhão 2, do Parque da Oktoberfest.

Em Venâncio Aires, o alto volume de chuvas ocasionou em alagamentos na região baixa da cidade, no corredor dos Gauer, e em trechos das ruas da rua Armando Ruschel.  Devido ao risco de deslizamentos e bloqueios em vias, a Prefeitura suspendeu as aulas em oito escolas do interior.

Em Candelária, a passadeira instalada pelo Exército sobre o rio Pardo, ligando a cidade à localidade de Linha do Rio, teve de ser interditada durante a tarde de quinta-feira, 23, por conta a subida do nível do rio, que inviabilizou a passagem.

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Em Lajeado, a força das águas do rio Forqueta arrastou a passadeira instalada pelo Exército. Além disso, sob o risco de deslizamento das encostas da ERS-130, a passagem entre Lajeado e Arroio do Meio está suspensa.

Em Cruzeiro do Sul, por conta do risco de deslizamento de terra, a Defesa Civil do RS removeu 65 famílias (300 pessoas), do Centro de Cruzeiro do Sul. A ação ocorreu entre a noite de quinta-feira, 23, e a madrugada de sexta-feira,24. Muitas pessoas foram para casas de amigos e familiares e outras foram alojadas à Comunidade Católica São Gabriel Arcanjo, no Centro, local fora de risco.

Em Pouso Novo, um novo bloqueio total foi feito na região da serra entre os kms 302 e 314 da BR-386 (entre Marques de Souza e Pouso Novo). Os órgãos de segurança, orientam aos motoristas para que evitem utilizar o trecho neste período e, caso necessário, que o façam buscando caminhos alternativos.

Em Porto Alegre, a chuva desta quinta-feira, 23, voltou a deixar ruas e avenidas da capital alagadas. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o volume de chuva em 15 horas ultrapassou os 100 milímetros na Zona Sul da capital.

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