quarta-feira, outubro 9, 2024
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Tragédia climática no RS completa um mês

De acordo com boletim da Defesa Civil, são 169 mortos e 44 desaparecidos

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Rosibel Fagundes

A tragédia climática no Rio Grande do Sul que completou um mês no último dia 27, contabiliza 169 mortos e 44 desaparecidos.  Dos 497 municípios gaúchos, 473, ou seja, 95,17% do total, foram atingidos de alguma forma. De acordo com boletim da Defesa Civil estadual sobre as enchentes, divulgado na quinta-feira, 30, mais de 626,7 mil pessoas ainda não conseguiram voltar para as suas residências, sendo que deste total, 45 mil estão morando temporariamente em um dos 645 abrigos emergenciais disponíveis no estado.

Em relação às rodovias estaduais, os danos causados pelas chuvas provocam alterações no tráfego e, atualmente, há 62 trechos com bloqueios totais e parciais em 34 rodovias, entre estradas, pontes e balsas.

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Com o nível da água dos rios diminuindo nas últimas semanas, muitos moradores aproveitaram para contabilizar os prejuízos e recuperar memórias.  O trabalho de recuperação das cidades destruídas e dos voluntários segue também a todo o vapor. Confira os destaques da última semana, por região.

No Vale do Rio Pardo, das 300 pessoas abrigadas no Parque da Oktoberfest no ápice da enchente, cerca de 60 ainda seguem abrigadas no local e recebem o atendimento necessário. As demais já puderam retornar para suas casas.  Todos os assistidos recebem auxílio, cestas básicas, roupas de cama e material de higiene e limpeza. A estrutura do Pavilhão Central da Oktoberfest, que concentrou grande parte dos donativos recebidos no município, cerca de 300 toneladas de subsídios, está sendo desativada gradativamente. As famílias atingidas devem procurar os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) de sua região. Na última quinta-feira, 30, uma feira de adoção de animais possibilitou que 62 cachorros resgatados devido a enchente, que estavam no local, e não foram reconhecidos por seus tutores, ganhassem um novo lar.

No Vale do Taquari, o destaque dos últimos dias, foi o anúncio do Ministro extraordinário da Reconstrução, Paulo Pimenta, durante a reunião com prefeitos em Estrela na última quarta-feira, 30. O encontro que serviu para detalhar as ações do governo federal para reconstrução das cidades atingidas pelas enchentes na região, também garantiu que todas as famílias desabrigadas terão moradias construídas pelo governo federal de acordo com as faixas do programa Minha Casa Minha Vida. Segundo Pimenta, desde o início do mês, R$ 82,8 milhões já foram repassados para 22 prefeituras, em ações de assistência às famílias, incluindo a compra de alimentação, kits de higiene, desobstrução de vias, compra de combustível e reconstrução de pontes.

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O governo federal pretende lançar, junto com os ministros, uma plataforma ou aplicativo de acesso ao público para acompanhar o andamento dos valores pagos as prefeituras. “Nosso compromisso é dar agilidade e garantir que cada recurso chegue à ponta. Vamos acompanhar o dia a dia de cada centavo” afirmou Pimenta.

Enquanto isso, muitos moradores de Porto Alegre e Região Metropolitana aproveitaram a trégua da chuva, para voltar para casa após o nível da água baixar. O nível do lago Guaíba em Porto Alegre, na tarde de quinta-feira, 30, chegava a 3,77 metros, quando a cota de inundação é de 3,60 metros. Alguns bairros ainda enfrentam alagamentos. A rotina para alguns, aos poucos começa a ser retomada. Na quinta-feira, os trens da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) voltaram a funcionar, de forma emergencial, em parte da Região Metropolitana. Contudo, a operação ocorre somente entre Canoas e Novo Hamburgo, das 8h às 18h, diariamente, com intervalo de até 35 minutos entre um trem e outro. A capacidade de operação é de até 30 mil passageiros e a passagem por enquanto é gratuita, Pois o sistema de bilhetagem foi danificado e está inoperante.

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