quinta-feira, julho 17, 2025
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Banha de porco x óleo de soja: estudo aponta que gordura suína pode ser mais saudável

Um estudo realizado pela Faculdade União das Américas (Uniamérica), no Paraná, reacende o debate sobre o uso da banha de porco na alimentação dos brasileiros. As pesquisadoras Sonia Bordin e Polyana Niehues analisaram o colesterol de dois voluntários, comparando pratos preparados com banha e com óleo de soja, e os resultados surpreenderam.

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“Com o uso do óleo de soja na preparação notaram-se alterações significativas nas frações de colesterol HDL, VLDL e triglicerídeos”, aponta o estudo.

A voluntária que consumiu alimentos preparados com óleo de soja apresentou redução de 20,5% no HDL (o “colesterol bom”), além de aumento de peso e de gordura corporal. Já o voluntário que utilizou banha de porco manteve um perfil lipídico mais estável durante o período de acompanhamento.

Especialistas apontam que a banha de porco foi alvo de campanhas negativas nas últimas décadas, sendo frequentemente associada a doenças cardiovasculares. O médico vascular Dayan Siebra, em entrevista, criticou essa visão:

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“Fizeram as pessoas acreditarem que era ela que entupia as artérias e que fazia mal. Entre ela e o óleo vegetal, mil vezes a banha de porco.”

Segundo ele, a gordura suína é rica em gorduras monoinsaturadas, semelhantes às presentes no azeite de oliva, e possui ponto de fumaça mais alto, o que a torna estável em altas temperaturas, reduzindo a formação de compostos tóxicos durante o preparo de alimentos.

O cardiologista Serafim Gomes reforça que o consumo inadequado de qualquer gordura pode trazer riscos à saúde, mas que associar a banha de porco a doenças graves “é pura falácia e sensacionalismo da indústria”. Para ele, o equilíbrio e a qualidade do alimento são mais importantes do que simplesmente demonizar um tipo específico de gordura.

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Apesar dos resultados positivos em casos isolados, nutricionistas alertam que mais pesquisas com grupos maiores são necessárias antes de se fazer recomendações gerais, considerando diferenças individuais e outros fatores de risco. No entanto, o estudo reacende a discussão sobre a importância de repensar o uso de óleos refinados e ultraprocessados no dia a dia, buscando alternativas mais naturais e menos inflamatórias.

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