Vítimas são de Novo Hamburgo, Santa Rosa, São Leopoldo e Canoas
Rosibel Fagundes
A Secretaria da Saúde (SES) publicou nesta quinta-feira, 18, uma nota informativa sobre o perfil dos óbitos por dengue no Rio Grande do Sul. Os dados, compilados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), apontam recomendações à população e aos profissionais de saúde sobre maior atenção aos sintomas e ao tratamento previsto nos protocolos.
Até o momento, o estado registra 68.444 casos confirmados, dos quais 58.128 são autóctones, que é quando contágio aconteceu dentro do Estado. São 78 mortes pela doença em 2024 —cinco delas foram confirmados na quarta-feira, 17.Todas as vítimas eram homens com comorbidades. Um deles tinha 76 anos e morava em Novo Hamburgo, outros dois tinham 80 e 90 anos e residiam em Santa Rosa, outro tinha 74 anos e morava em São Leopoldo e o último tinha 68 anos e era morador de Canoas. As mortes ocorreram entre os dias 2 e 8 de abril.
“Este número é inédito no Rio Grande do Sul, sendo o maior que já tivemos no mesmo ano. Ultrapassa 2022, quando tivemos 66 mortes por conta da doença. A avaliação desses 73 óbitos mostrou a questão da importância da idade. Os nossos óbitos acontecem mais na população acima de 60 anos, como um fator biológico importante”, apontou o diretor-adjunto do Cevs, Marcelo Vallandro.
A avaliação desses óbitos mostrou a questão da importância da idade — 73% delas ocorreram entre pessoas com 60 anos ou mais, como um fator biológico importante. Os sintomas mais frequentes entre os óbitos são: febre (62%), dor muscular (58%), dor de cabeça (43%) e náuseas (43%). As doenças preexistentes mais relatadas foram hipertensão (56%), diabetes (18%), cardiopatia (18%) e doença pulmonar obstrutiva crônica (16%). Não houve relato de comorbidade em 16% dos casos de morte. A Secretaria da Saúde reforça a importância da busca por atendimento médico logo nos primeiros sintomas, evitando que a doença se agrave.