quarta-feira, outubro 9, 2024
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Debates políticos – Breno Pires

Bom dia amigos leitores e eleitores

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* Debates políticos

Esta semana os espaços midiáticos e os meios de comunicação de nossa região foram dominados pelos debates (ou quase debates) entre os candidatos à majoritária de nossos municípios.

Momentos de, primeiramente (como dizem as candidatas à rainha de nosso município), os candidatos apresentarem seus planos de governo, isto é, as promessas de campanha; segundamente, contrapor os adversários com as suas ideias e propostas e a forma material e objetiva de se lhes alcançar os resultados propostos; terceiramente, perguntar, diretamente, olho-no-olho, ao adversário, o que, como e quando fazer tudo aquilo (que não é pouco) que está pretendo/prometendo fazer, se eleito, além de, muito importante, objetar as propostas e argumentos que não se mostram verossímeis. Quartamente e por fim, é a hora de materializar o comprometimento com sua comunidade.

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* Debate político agrega votos?

Eis aí questão das mais interessantes.

Não sei se agrega, mas uma coisa eu tenho certeza: o desempenho positivo de um candidato em um debate legitima a opção de seus eleitores e, mais do que tudo, mantém engajados os seus correligionários e apoiadores.

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Então, se não agrega, certamente mobiliza e fortalece, concorda?

* Debate transfere voto?

No meu humilde entendimento dos fatos não! Quem vota em A, vota em A, independentemente de debate ou do desempenho em debate. O mesmo vale para o B!

O amigo leitor trocaria seu voto, mesmo que seu candidato tivesse um mal desempenho em um debate? Hein? Hã? Nem eu…

* E os indecisos?

Bom, aí temos que considerar algumas situações ou condições…

Por exemplo, em cidades pequenas como as nossas eu penso que o número de indecisos seja tão insignificante que meia dúzia de votos, dois ou três por cento dos eleitores, não são capazes de fazer a diferença e definir uma eleição, ao menos na majoritária… Já em cidades grandes, eu penso que, mesmo com números relativos baixos, os números absolutos são maiores, daí que o coeficiente de indecisos têm mais peso em uma eleição…

Outro fator (que já está subentendido no item anterior): em cidades pequenas, onde a relação do eleitor com o candidato é muito pessoal, são muitos poucos os indecisos. Via de regra, quando começa a corrida eleitoral os candidatos já estão há muito definidos, como estão também os eleitores. Começou a campanha e já sabemos em quem votar.

E um esclarecimento se faz necessário: não entenda-se apenas por indecisos aqueles que não sabem se votam em A ou B, ou aqueles que não sabem se votam nulo ou branco; os indecisos também são aqueles que não sabem se votam em A, ou nulo, ou branco, e aqueles que não sabem se votam em B, ou nulo ou branco… É justamente nesses últimos casos que eu acredito que um debate possa fazer um mínimo de diferença…

* Os debates para mim

São importantes. Gosto de ver como os candidatos se comportam sob pressão, sob o crivo dos jornalistas e mediadores, tendo que responder questões objetivas sobre a realidade do seu município, bem como tendo que suportar a pressão e a manifestação do adversário.

Para mim, equilíbrio é fundamental, além, é claro, do conhecimento de causa…

Não gosto de candidatos que sejam agressivos e ofensivos a seus adversários, pois muitas vezes escondem sua pouca competência ou aptidão para a administração pública sob uma cortina de fumaça caracterizada pelo conflito…

Em termos de conhecimento de causa, é obvio que eu tinha muito interesse em ver/ouvir as propostas dos candidatos aqui do Vale para a área de Educação (assim, com letra maiúscula). Mas foi justamente no momento em que os medidores do debate que eu assistia perguntaram para a candidata Ana o que faria para tentar ampliar os índices de aproveitamento dos alunos das escola municipais daqui que estavam abaixo da média regional, que a candidata passou mal e o debate teve que ser encerrado… Fiquei no vácuo, kkk.

Eu tinha curiosidade de ouvir também o candidato Feijão sobre o tema, pois ele e o Melinho representam a continuidade da atual administração que, como todos sabem, tentou mudar o Plano de Carreira dos professores municipais justificando tal iniciativa através de argumentos bastantes questionáveis (para dizer o mínimo) e dando a entender, mais uma vez, que quando se fala em prioridade em educação os profissionais dessa área tendem a temer, pois muitas vezes isso significa maior incidência de responsabilizações, aumento de obrigações, de exigências e de trabalho e relativização de direitos… 

A Educação é uma área que somente quem tem autoridade consegue se manifestar de forma convincente, legítima e satisfatória. Não é um ramo da administração para achismos…

* O debate do Passo do Sobrado

Assisti ao final de um dos debates do Passo do Sobrado, na quarta-feira à noite. Achei (de achismo mesmo) bastante interessante o conflito de argumentações e interpretações que caracterizou aquele momento do programa.

Obviamente que o candidato da oposição tinha que se fazer um pouco mais contundente, pois lutava contra a continuidade do programa atual de administração que é capitaneado, óbvio, pela movimentação e mobilização da máquina administrativa municipal.

Por outro lado, o atual prefeito, sendo o “condutor” da máquina administrativa municipal, me pareceu bastante consciente do papel que tinha a defender, não se deixando abater pela pressão a que era submetido.

Ambos candidatos responderam quando lhes era conveniente, e se esquivaram dos temas mais “delicados” ou polêmicos, às vezes de forma bastante intencional, quase risível… No entanto, apesar de alguns momentos mais “intensos”, me ficou a ideia de respeito recíproco.

O papel do desafiante não é fácil, pois deve mostrar que a troca no comando municipal é uma alternativa interessante, oportuna e necessária; o papel do candidato à reeleição também não é fácil, pois todo administrador público tem telhado de vidro, e ele deve mostrar que a continuidade de sua administração é uma medida interessante, oportuna e necessária.

Independentemente de quem ganhar, acredito que o Passo estará em boas mãos, certo?

* Falta pouco agora

Então, entramos nos momentos derradeiros da corrida eleitoral.

Acredito que a posição dos candidatos nesse momento seja mais de não perder os votos que já tem, do que conseguir mais votos, pois como eu disse acima, em cidades pequenas como as nossas, o número de indecisos a essas alturas da contenda é insignificante.

Claro que esse meu argumento cairá por terra se a diferença de votos entre o eleito e o preterido pelas urnas for mínimo, entendendo-se por mínimo, ao menos para mim, que não sou um estatístico, abaixo dos cinco por cento dos eleitores.

Mas não acredito que isso vá ocorrer, nem aqui no Vale, nem no Passo. Concorda comigo amigo eleitor? Hein? Hã?

Bom fim de semana e até à próxima, se Deus quiser.

PS: semana que vem dedicarei um espaço para as proporcionais, certo?

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