CHUVA
Em todo o RS, 52 municípios relataram danos e 716 pessoas tiveram que deixar suas casas
Rosibel Fagundes
As fortes chuvas que novamente atingiram o estado e a região do Vale do Rio Pardo trouxeram preocupação e estragos. De acordo com último balanço divulgado pela Defesa Civil estadual, na manhã desta sexta-feira, 27, devido às chuvas dos últimos dias 716 pessoas tiveram que deixar suas casas e 52 municípios já relataram danos. Ao todo, foram mais de 16 mil pessoas afetadas. A chuva forte acompanhada de granizo também provocou estragos em lavouras de tabaco e culturas como de trigo, aveia, milho e ervilhaca.
No Vale do Rio Pardo, cidades que ainda estavam se recuperando da enchente histórica de maio, enfrentaram novamente dificuldades diante da elevação dos mananciais. Além de bloqueios em estradas, danos também foram registrados em pontes e acessos.
Em Santa Cruz do Sul, alagamentos foram registrados em pontos da Rua Irmão Emílio e ruas do Navegantes, no Bairro Várzea, em função da rápida elevação do nível do Rio Pardinho, que ultrapassou a cota de inundação ao alcançar 7,4 metros de altura por volta do meio-dia, de quinta-feira, 26.
Em Venâncio Aires, o acumulado de chuva chegou a 97 milímetros, até a tarde dessa quinta-feira, 26. O volume de água é considerado normal, e não chegou a ter problemas no escoamento. Contudo, a Defesa Civil ficou em alerta e manteve o monitoramento das condições de pontes, especialmente a do Arroio Castelhano, assim como as áreas mais baixas da cidade.
Em Rio Pardo, os níveis dos rios Pardo e Jacuí ficaram mais elevados. A Defesa Civil realizou inspeções em pontos como a Praia dos Ingazeiros, Biscoito, Várzea dos Panta, Travessa do Camargo, Picadinha e Passo da Areia, além dos bairros Rosário e Praça da Ponte. Não foram registrados alagamentos.
Em Sinimbu, foram registrados mais de 160 milímetros de chuva. Com o grande volume de água, parte da cabeceira da ponte sobre o Arroio Primavera, localizada no quilômetro 89 da RSC-471 ficou danificada. Também houve a interdição de passagem nas localidades de Rio Pequeno e Linha Rio Branco, devido aos estragos nos acessos provisórios das galerias que estavam em construção após os estragos causados pelas chuvas de maio.
