Bom dia amigos leitores
* Coisas de Natal…
Desejo aos amigos leitores que a felicidade e a alegria possam ter se encontrado em seus lares nesse Natal, afinal, muitas vezes as encontramos nas coisas mais simples que a data nos proporciona: a família e os amigos reunidos, o riso fácil que toma conta da casa e das festas, o entusiasmo no rosto das crianças (mas não só delas, kkkk) abrindo os presentes de Natal, o carinho e os votos sinceros que transbordam de todos os corações.
Porém, e sempre há poréns, às vezes as alegrias são comedidas e a felicidade fica sublimada ou ofuscada por acontecimentos aos quais não pretendíamos para a noite de Natal: uma ausência, uma perda, um conflito, uma notícia ruim… Nesse caso a solução, única mesmo, se dá através do enfrentamento da situação, pois o tempo, o remédio que cura todas as feridas (cura, mas necessariamente não faz desaparecer a cicatrizes), há de correr a nosso favor. E passar por tais situações “desagradáveis” deve nos servir de ensinamento também. É fácil isso? Obviamente que não, mas é necessário, até por que, é como se diz: o tempo é inexorável e não há mal que dure para sempre, como não existe bem que seja eterno, certo amigo leitor?
Pois bem, espero de coração que os amigos tenham tido um ótimo Natal. Se não foi ótimo, ao menos que tenha sido bom. Se não foi bom, ao menos recebam minha consternação.
O pior é que às vezes, em meio às alegrias, a gente, na melhor das intenções, acaba por criar as situações que, no mínimo, nos expõe à constrangimentos ou situações embaraçosas.
* Enfrentando o constrangimento…
Passei o Natal com a família e a mamãe na casa de um irmã.
Cedito na manhã do dia de Natal, entrei no elevador e me deparei com a moça da limpeza dando um trato no enorme espelho. Ainda imbuído do espírito natalino, desejei-lhe um Feliz Natal, cumprimento que foi prontamente retribuído. E até aí, então, tudo bem.
Vai que, por uma dessas infelicidades que faz com que a gente se arrependa abrir a boca, perguntei: foi bom o Natal? E a moça me respondeu: _ mais ou menos… E encheu os olhos de lágrimas…
Imagine amigo leitor meu constrangimento. Sem saber o que dizer, emudeci por uns três ou quatro segundos (pareceu uma eternidade), até que eu consegui, a duras penas, dizer um “opa, sim!?”. Daí ela me disse: _perdi minha avó ontem…
Com a boca seca e já louco para chorar também, consegui, ainda a duras penas, desejar-lhe os pêsames e lamentar a perda de um ente tão querido como uma vovozinha. Para minha sorte tive presença de espírito, uma luz, para dizer à moça como eu sentira a perda da minha avó, e quanto eu agradecia a Deus por ter convivido muito com ela, no que a moça, ainda emocionada, disse que também convivera bastante com a dela, daí que eu destaquei que deveríamos ser pessoas felizes por termos podido conviver bastante com seres tão especiais como são os nossos avós…
Ufa, consegui, até certo ponto, contornar com um mínimo de eficiência emocional, o enorme constrangimento a que me submeti.
Que eu tenha aprendido a lição…
* Por falar em avós…
Neste Natal uma das brincadeiras em família que mais circulou nas redes sociais foi aquela em que uma avó ou avô, ou ambos, têm que identificar o neto que está falando consigo apenas pela voz…
Netaiada (conjunto de netos, kkk – licença literária do Dicionário de Palavras Inexistentes do Professor Breninho) reunida, vovó/vovô à frente de todos, mas de costas, e tendo que identificar todos apenas pelos cumprimentos ou umas poucas palavras.
Naquelas famílias onde o número de netos era reduzido ou diferença de idade era maior, a tarefa foi relativamente fácil… Mas noutras, nem tanto.
Na família dos amigos Toillier aqui do Vale, onde são uns quinze ou vinte netos apenas em um dos ramos familiares, muitos com idade bastante próxima, a tarefa da Vó Irmgard foi hercúlea, ahahahahahahahah.
Mas se o objetivo era a diversão, ele foi plenamente alcançado, pois foram muitas e muitas gargalhadas. Parabéns para quem teve a ideia…
* Por falar em adivinhação…
Outra brincadeira muito comum este ano foi um tipo de “amigo secreto” onde cada participante entrega uma barra de chocolate e um valor previamente acertado (cinco, dez, cinquenta e até cem reais).
Todos os nomes são escritos em um papel e depositados em um recipiente. Um a um os papeis com os nomes são retirados e lidos (tornados públicos). Quem tem seu nome retirado deixa o valor depositado, mas pega uma barra de chocolates. O último nome a ficar no recipiente, e que receberá a última barra de chocolate, arrecadará para si todo o valor depositado no início da brincadeira… Brincadeirinha interessante.
Apesar de brincadeiras serem brincadeiras, tem o caso daquele participante que, vendo que ele e mais um colega ficaram para o final, e que havia boa quantidade de dinheiro, botou pressão, muita pressão, para que o dinheiro fosse dividido entre os dois finalistas, apesar do protesto de todos os demais participantes… Da próxima vez tem que determinar que o “sorteio” vá até o último nome ficar no pote, certo? Ou não?
* Por falar em amigo secreto…
Pois é, esse é um dos mais tradicionais (e relativamente baratos) métodos de trocar presentes nas festa de Natal. Não tem família, grupo de amigos ou empresa que não faça ou já não tenha feito. E como manda o figurino (ou a vida em sociedade) há quem goste e há quem odeie. E está tudo bem.
Mas diz aí, amigo leitor: já participou de algum amigo secreto em que todos tenham ficado satisfeitos com os presentes que ganharam? Hein? Hã? Tu, amigo leitor, ficou satisfeito todas as vezes que participou de amigo secreto? Ahahahahahahah, eu sei a resposta. E não tem como ser diferente.
O principal ponto de polêmica é o que se refere ao presente dado. Não é raro que temos a impressão de que damos presentes melhores do que aqueles que ganhamos, certo? Isto quando não recebemos “vale-presente” após investir horas-e-mais-horas pensando no presente de nosso amigo secreto (o que eu acho, de achimos, ser uma enorme falta de respeito). Mas tem quem goste do vale, por que é melhor do que um presente ruim…
Outro ponto de conflito é a caracterização do amigo secreto na hora de revelar o indivíduo. Há aqueles se puxam na descrição do amigo, com requintes artísticos e teatrais, há aqueles que se limitam a destacar características físicas apenas, e há os que não conseguem falar nada, apenas revelam o nome do amigo. Opa, já ia esquecendo: têm aqueles que usam a brincadeira para mandar (in)discretas indiretas nas descrições do amigos secretos, certo?
Por fim, mas não menos importante, tem as implicações referentes ao sorteio dos amigos. Quantas vezes gostamos daquela pessoa que tivemos a (in)felicidade de tirar no sorteio? E sempre gostamos daquele que nos tira?
Sobre essa questão, um fato, sendo que revelo o milagre, mas não o santo, kkkk.
Certa feita no sorteio de amigo secreto entre colegas, lá pelas tantas, mais que a metade dos nomes já sorteados, e uma colega retira um papelzinho, lê e exclama: _ bah, tirei meu próprio nome… Imediatamente devolve o papelzinho no pote e pega outro. Até aí tudo bem! O problema é que o papelzinho com o nome dela estava na minha mão, ahahahahahahahah. Na minha mão!!!! Nunca revelei isso a ela, ahahahahahah.
O ser humano é difícil de entender. Até na hora de brincar e se divertir o conflito é garantido… Mas se não for assim, não é o ser humano, ahahahahahahah. A resenha é da nossa natureza, ahahahahahahah
* No mais e por fim…
Desejo aos amigos leitores um ótimo fim de ano e um esperançoso 2025, agradecendo desde já por toda paciência em me aturar (e me ler) ao longo deste bom 2024. Grande abraço e boa festa. Se for dirigir, não beba; se for beber…
Bom fim de semana e lembre-se: só nos encontraremos de novo no ano que vem, ahahahah. Se Deus quiser!
PS: Daí nosso amigo JC – Jesus Cristo, O Cara, aparece para um grupo de amigos que brindava a “meia-noite” com sucos e refrigerantes e profere a máxima: “_olha aqui ó, eu não transformei água em vinho para vocês ficarem aí comemorando meu nascimento com refrigerante… Bora abrir uma gelada?” Mas que barbarbaridade, ahahahahahahah. Essa foi boa, ahahahahahah.