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- Bolo Junino
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Boa tarde amigos leitores.
* Não passou despercebido
Bem na semana que eu estava me preparando para a corrida da Meia-maratona de Porto Alegre e na semana seguinte à mesma, quando dividi com os amigos leitores a minhas expectativas e a minhas impressões como atleta veterano, a Democracia (assim com letra maiúscula) do Brasil passava por um dos momentos mais marcantes e legítimos de sua recente história. Começava a ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal – STF a cúpula do movimento golpista que tentava impor no Brasil uma ditadura sob o jugo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro e seus asseclas.
* A submissão ao Poder Democrático
De todos os momentos do julgamento a que assisti, o mais emblemático, o mais poderoso e o que representou a maior legitimação de nossa Democracia foi ver o ex-presidente sentado na qualidade de réu, sendo interrogado como acusado de crime e dando explicações para os membros do Supremo Tribunal Federal, em especial o Ministro Alexandre de Morais. A seguir explico por que.
* Quem te viu, quem te vê…
Desde que assumiu o governo, destaco que democraticamente eleito, o ex-presidente Bolsonaro não poupou esforços para desacreditar o Poder Judiciário brasileiro, além de muitas outras instituições do Estado Democrático de Direito.
Ofendeu e agrediu sobremaneira o Supremo Tribunal Federal. Fez ameaças, questionou sua legitimidade, proferiu palavras de calão (não existe “palavras de baixo calão”, ok?) contra os Ministros e em especial contra o Alexandre de Morais. Não foram poucas as oportunidades em que ameaçou intervir naquele órgão do Poder Judiciário; questionou suas decisões, fez ironias, insuflou o zé-povinho a repetir sua papagaiada contra a instituição…
E agora estava ele ali, sentadinho em frente aos Ministros do Supremo, o mesmo que ele ofendera e ameaçara, cabisbaixo, sendo interpelado, interrogado e com grande receio de já sair dali com um par de pulseiras de aço inoxidável, ahahahahahah.
Aquela cena foi muito significativa, pois representou a reafirmação de nossa Democracia e a legitimação de que a tentativa de golpe não passou disso: uma tentativa que precisa ser exemplarmente responsabilizada e punida.
Concorda comigo amigo leitor? Hein? Hã?
* Discurso do Ódio
A regra do governo anterior era essa: desenvolver, ampliar e sedimentar um discurso de ódio.
Era necessário transformar os que pensavam diferente em inimigos, e não apenas em adversários. Era necessário execrar toda e qualquer instituição que representasse oposição e discordância; era preciso acabar com qualquer forma de questionamento, de oposição, de insatisfação. Agredir, ofender, ameaçar, esses eram os instrumentos de propagação do discurso de ódio.
Nossas redes sociais mostram exatamente isso: a ofensa gratuita, o elogio ao preconceito, o negacionismo e a propagação de falsidades como regras. E isso ainda acontece muito!
Felizmente a Democracia sobreviveu, e o senso crítico se fez mais forte.
Esse julgamento é um bom sinal, mas estamos longe ainda do minimamente razoável, quiçá do ideal.
* O STF
Sei que nosso pretório excelso está hipertrofiado, afinal, aqui no Brasil todas as decisões políticas acabam por se tornar questões judiciais. Sei também que um dos pecados de nosso órgão máximo da Justiça brasileira é uma falta de modéstia, sem falar nos conflitos de ego entre seus membros e um certo choque de vaidade e até arrogância. Da mesma forma sei que a muitas de suas decisões, se não todas, acabam sendo tomadas por um viés de interesse (e não só político), e isso não é novidade, pois sempre foi assim.
Mas sei também que, apesar disso tudo, precisamos de um Poder Judiciário forte, legítimo e autônomo.
É ruim com ele, do jeito que está? Acredito que seja sim. Mas será muito pior sem ele, com certeza.
Que nossos políticos saibam criar os meios para regular a atuação do Judiciário, pois tentar extingui-lo ou desacreditá-lo não é uma alternativa a ser considerada. Mas com os políticos que temos acho meio brabo…
* Por falar um políticos
Nem só de crítica ao Congresso Nacional vive esta coluna, kkk.
Gostei de ver nosso parlamento botando freio nas iniciativas arrecadatórias do governo do presidente Lula… Como diz um gaudério: chamaram o Molusco Ligeiro na chincha! Vamos se respeitar: de que adianta diminuir impostos por um lado e aumentar por outro? É muita falta de respeito (e de vergonha). Que tratem de diminuir o tamanho da máquina pública e parar de liberar emendas parlamentares à rodo se estão precisando de dinheiro, certo? Ah, mas isso eu duvido… duvido mesmo…
* Voltando ao julgamento dos golpistas…
Que show de horrores… Que vergonha alheia, que desfaçatez…
Pessoas que até pouco tempo ocuparam os maiores cargos da administração de nosso país, autoridades, estavam ali, na qualidade de réus em um processo de conspiração golpista e, no intuito de se proteger, mentindo descaradamente sobre coisas óbvias, tratando tudo com ironia, dizendo que “não se lembravam” de fatos e de pessoas, que nunca estiveram nesse ou naquele lugar, que não participaram desta ou daquela reunião, quando sobre todos os fatos existem abundantes, objetivas e materiais provas. Que caras de pau!
Respeito muitos os eleitores que os escolheram para governar nosso país, afinal, a liberdade de escolha e a diversidade de opiniões são elementos basilares da Democracia. Agora, continuar apoiando e aplaudindo aqueles facínoras depois de tudo que eles tentaram fazer, confesso que tenho dificuldade de entender… É justificar o injustificável. Ou não? Hein? Hã?
Pois é amigo leitor, o assunto é complexo e muito interessante. E não se esgota.
Voltaremos!!!
Bom fim de semana e até à próxima, se Deus quiser.